Luanda - Depois de ter sido dura, publica e asperamente criticado pelo coordenador do PRA-JA Servir Angola (Abel Chivukuvuk), tendo posto a sua seriedade profissional e patriotismo em causa, eis que o director do Gabinete dos Partidos Político volta a ser alvo de uma censura implacável, desta vez vinda de uma corrente de membros da Magistratura Judicial. Juvenis Paulo, militante activo do partido no poder (MPLA), está metido, ao que tudo indica, numa “camisa-de-onze-varas”, cujo saldo poderá ser o seu afastamento do cargo que ocupa presentemente.

Fonte: Jornal Kwanza

Juvenis Paulo (assistente de Rui Ferreira, na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto; “homem de mão” de Marcy Lopes, ministro da Administração do Território e Reforma do Estado; protegido de Mário Pinto de Andrade, secretário do Bureau Político para os Assuntos Políticos e Eleitorais do MPLA; “afilhado” político e ex-aluno de Ciência Política e Direito Constitucional de João Pinto, deputado à Assembleia Nacional) é o “cabeça-de-cartaz” de uma acesa polémica que está a deixar um grupo de magistrados judiciais com os nervos à flor da pele e que, por isso mesmo, o querem ver pelas costas e distante do Tribunal Constitucional.

 

O Kwanza apurou que Juvenis Paulo apresentou, recentemente, um documento presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Aragão, que associa a juíza Conceição Sango à Comissão Instaladora de um partido, denominado “Convergência Humanista Angolana para o Desenolvimento (CHAD).

 

Presume, de acordo com a fonte deste jornal, que o documento apresentado por Juvenis Paulo ao presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Aragão, tenha sido propositadamente forjado, com o concurso do próprio Gabinete dos Partidos Políticos do TC com o propósito de comprometer ética e politicamente a juíza conselheira Conceição Sango, que é relatora do processo relativo à manutenção ou afastamento de Manuel Pereira da Silva (Manico), do cargo de presdente da Comissão Nacional Eeleitoral (CNE).

 

Fonte do Kwanza assegurou que a juíza Conceição Sango vai acionar, nos próximos dias, os mecanismos administrativos e jurídicos-legais para exigir ao director do Gabinete dos Partidos Políticos, Juvenis Paulo, um esclarecimento cabal sobre o assunto que envolve o seu nome e pode pôr em causa a sua credibilidade como magistrada.

 

Uma fonte ouvida pelo “Kwanza” define Juvenis Paulo é um “boy” no Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constitucional ao serviço do partido no poder (MPLA) e de alguns magistrados que pretendem ter um domínio absolutamente absoluto a nível da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), controlar e manter rédea curta em relação à crianção de partidos políticos.