Luanda - O Serviço de Investigação Criminal (SIC), em Luanda, no encalço do processo número 11273/TLA/20, embora tenha caracterizado o acto criminoso como um atentado, por investigar, 15 dias depois ainda não esclareceu o acto perpetrado por indivíduos até agora desconhecidos, que dia 13 do corrente mês (Dezembro), surpreenderam na via pública o político, Isaías Daniel Sambangala, e conselheiro do coordenador-geral do “PRA-JA Servir Angola”, Abel Chivukuvuku, com cinco tiros em sua direcção no interior da sua viatura, tendo este saído ileso, na zona do Kimbangu, bairro Palanca, Distrito do Kilamba Kiaxi, em Luanda. 

Fonte: Club-k.net

O também membro da coordenação-geral do projecto político “PRA-JA” teve apenas ferimentos ligeiros no braço superior esquerdo, fruto de estilhaços do vidro da porta lateral esquerda, aonde foram dirigidas as balas de arma de fogo do tipo “pistola” para matar o político Isaías Samabagala, sete dias antes das manifestações em todo país em protesto ao Tribunal Constitucional (TC), pelos constantes “chumbos” na legalização do referenciado projecto político.

 

Ainda de acordo com a mesma fonte, os cinco disparos feitos em direcção a sua cabeça foram efectuados por dois jovens que se faziam transportar numa motorizada descaracterizada, por volta das 15 horas daquele dia de domingo, 13 de Dezembro, na zona do Kimbangu, bairro Palanca, quando o político se dirigia à sua casa.

 

“Ele só não morreu porque Deus continua com ele. Ao se aperceber da intenção dos inimigos da democracia, arrancou imediatamente a viatura, o que fez com que os tiros atingissem à parte traseira danificando o banco onde ele estava sentado. Fomos ao SIC, mas ainda não temos resposta”, confirmou a fonte junto de Isaías Sambangala.

 

De acordo com a mesma fonte, a coordenação do projecto político “PRA-JA Servir Angola”, de Abel Chivukuvuku, alimenta a desconfiança de haver motivações políticas por trás destes atentados que ocorrem nos últimos meses contra membros de direcção política, que se pode, no entender deste, resumir como presumível perseguição política para fragilizar a estrutura de Abel Chivukuvuku, sendo uma ameaça nas próximas eleições gerais para o regime.

 

“Não houve intenção de assaltar os pertences ou a viatura de Isaías Sambangala, a julgar pelo modo de actuação dos indivíduos, em plena luz do dia, contra o político que se encontrava dentro da sua viatura parada e pelos disparos à queima roupa efectuados contra si, à vista de muita gente que ali circulava”. Justificou a fonte, para sustentar a ideia de que o atentado tem motivações políticas contra um dos grandes influentes dentro do projecto partidário de Chivukuvuku.

 

Porém, segundo uma nota da Coordenação-Geral do “PRA-JA Servir Angola” a que o Club-K Angola teve acesso, o grupo político condena o hediodo acto a todos os níveis contra a vida humana, e apela às entidades angolanas afins, para que se trabalhe rigorosamente no processo de investigação com vista ao devido esclarecimento do acto em causa.