Luanda - O papel e importância da consultoria e assessoria e, a qualidade dos recursos humanos na aviação comercial é um verdadeiro estado de reengenharia permanente, pois define o sucesso da actividade.

Fonte: Club-k.net

Na verdade, a tarefa de selecionar talentos na área da Aviação Civil, não é uma actividade simples, especialmente em Angola, que por regra, e como se assiste, não temos sabido valorizar e reconhecer a capacidade dos peritos Angolanos, mesmo que agreguem indesmentível superior qualificação.


A questão da presença oportuna de consultores, e ou assessores Nacionais, junto da tutela e da TAAG, há muito tempo, que seria incontornável, mas exactamente porque no geral, se fale e discute, muito pouco a aviação na opinião pública; ficou de certa forma difícil trazer no senso comum, a percepção dessa urgência, e apostar-se com pragmatismo no conhecimento dos quadros nacionais válidos, tendo a preocupação de ajudar a superar situações técnicas e organizativas, além de acarretar menor dispêndio, maior autoridade junto do coletivo e encorajar o estímulo no mérito e na hierarquia do saber, ajudar a equipe de gestão, a elaborar as melhores políticas e estratégias, com destaque para Segurança.


Das inúmeras tarefas que ocupam a mente e a agenda dos gestores, talvez poucas sejam mais complexas do que a formação da equipe ideal. No nosso contexto, tendemos a preferir e a só, estar-se receptivo na conotação de grupo, ou influenciados pela cor dos olhos, ou seja limitados aqueles que facilmente aceitaríamos convidar para o salão de chá das nossas casas.


Diante do irrefutável déficit na convivialidade profissional, não é nada fácil encontrar/admitir no team, profissionais de gabarito, pois refutamos todos os outros, *"menos próximos"*, mas desafortunadamente em muitos casos, seriam aqueles, que no conjunto, poderiam agregar maior capital e por inerência, ajudar na busca de melhores resultados e substantiva rentabilidade, para o equilíbrio da balança nas receitas de tesouraria.


Não se pode por veleidade fazer as coisas apenas porque sim, sem cobrança ou sem resultados palpáveis. O custo desproporcional na contratação de técnicos e profissionais do mesmo calibre, dos que então possuímos, só se justifica mediante uma evolução visível aos olhos de todos.


No cenário da pandemia e seus efeitos nefastos, junto da aviação comercial, assume maior destaque a capacidade do aproveitamento e escorar o infoco na gestão de talentos, numa atitude pró activa, a fim de adaptar-se a realidade com coerência e reinterpretando as necessidades nucleares, com vista à optimização acelerada dos resultados.


Em tese, o concurso dos profissionais competentes e disponíveis, com o apoio da Autoridade Reguladora, dos Operadores, e dos vários actores, onde avulta o modesto alinhamento da Associação dos Pilotos Angolanos, podem e devem a prazo traduzir-se na melhoria consistente do sector de Aviação Civil.


TODAVIA, o maior desafio que se oferece neste cenário, é a redução drástica das receitas em consequência da Covid-19, em que a alternativa entre outras soluções, será necessariamente descobrir outros mundos no mercado doméstico e regional e operar com uma estrutura de custos reduzida, e daí tornar-se decisivo reduzir os custos(despesas).


Nesta perspectiva não haverá volta a dar, que não implique severos enxugamentos em vários serviços, passar a obtê-los internamente nos aspectos de treino e formação, manutenção e engenharia, etc e, até a preceito, exigíveis doravante pelo Órgão Reitor, com a participação de instrutores e técnicos maioritariamente nacionais, dentro da racionalização dos processos e dos orçamentos no quadro do downsizing da empresa.


É fundamental que todos os trabalhadores estejam conscientes do seu papel extraordinário nesse novo quadro global de recuperação, assumindo a responsabilidade de dar o seu esforço a mais de resiliência, excelência, rigor e paixão, que fará toda a diferença, não só na realidade da empresa, mas também, e principalmente, afastar o fantasma de encerramento.