Luanda - Apesar do país viver amordaçado anos a fio, apesar de roubado e assassinado sem piedade, e de ser desposado de quaisquer direitos, sem condições de se defender dos ataques de seus algozes opressores, ainda assim a esperança não morreu e o sonho de ser livre continua de pé. No dia 18 de fevereiro de 2021, chegou a notícia surpreendente de um encontro unificado das oposições. O povo exposto a indigência explodiu de contente, viu nesse gesto um rasgo de esperança. O seu silencio foi de concordância, expresso num sorriso de honesta cumplicidade. Observou-se no país o que nunca se viu nos 45 anos de intolerante governação imperial.

Fonte: Club-k.net

Porém, a reação absurda dos endeusados donos absolutos da sorte alheia, não se fizeram esperar, vieram com tudo, só faltou ameaçar as oposições com os conhecidíssimos misseis intercontinentais do Paulo de Almeida.


Sem estratégias para contrapor a iniciativa das oposições, o MPLA promoveu continuados actos beligerantes eivados de ameaças delirantes, próprias de uma maquineta transformada em geringonça inútil, sem força para neutralizar o ímpeto preponderante do que se transformou o encontro das oposições.


Ficou claro, que os angolanos, desejam ardentemente seguir caminhos diferentes, longe da alçada do MPLA, existe uma vontade fervilhante no seio do povo de querer manter o destino da sua sorte nas próprias mãos.


O actual quadro do país, mostra um MPLA perturbado, sem estratégias que ajude a unificar os angolanos desavindos. O governo também dá sinais de não estar na posse de estratégias capazes de ajudar a eliminar os altos índices de corrupção generalizadas, gerados na presidência de João Lourenço.


Além do mais, as políticas públicas de inclusão social são de todo deploráveis e emitem sinais que denunciam claramente a incapacidade de incrementar as reformas anunciadas. Faz-se necessário humanizar o país com políticas capazes de fazer a diferença na vida dos angolanos, que se encontram desavindos, existe uma visível rotura insanável entre o governo o povo.


Por outro lado, as receitas financeiras advindas dos empréstimos e das exportações do petróleo, são declaradamente insuficientes do ponto de vista econômico, para frenar as assimetrias que separam a cidade do campo, e também, não há da parte do governo nenhum pragmatismo e força criativa, que ajude na pratica a implementar o programa de diversificação desenvolvimentista da economia, único factor real de geração de empregos.


Um governo que tem medo do povo, que não dialoga com o soberano, não é credível nem tem forças suficiente para desenvolver qualquer projeto econômico nacional.


São tremendas as desigualdades que se traduzem em enormes desiquilíbrios na distribuição da riqueza gerada no país. Isso é impressionante e preocupante para qualquer leigo em matéria de econômica. Basta olhar para a tipicidade das rubricas distributivas da riqueza, para perceber, que angola é um país socialmente suigeneris, sobretudo em matéria de estatística econômico-financeira.


Onde já se viu ou se ouviu, que organismos não produtivos do estado, num país que não está em guerra, distribui a maior parte do bolo financeiro do OGE para as áreas não produtivas! Não há como concordar que o SINSE de Fernando Miala, a Polícia Nacional do MPLA de Paulo de Almeida, e as FAA comandadas pelos dos generais de gabinete político-ideológico-partidário, Liberdade e Disciplina, fiquem com mais de metade do OGE.


Como explicar as razões que estão na origem distributiva do (OGE), orçamento geral do estado. Enquanto não se conjugarem esforços para apoiar as áreas mais sensíveis do país, como a saúde, ensino e agricultura, não haverá desenvolvimento pragmático do PIB. Quais foram os métodos usados para distribuição dos valores descritos no OGE? Quem programou os quantitativos gerados pelo (PIB), produto Interno Bruto? Quanto do PIB foi incluído diretamente no (OGE), orçamento geral do estado?


Pelo que se conhece, Angola, é um país industrialmente paraplégico, com o agronegócio inexistente. Em termos quantitativos, que produtos manufaturados são produzidos em Angola? A verdade é só uma, ninguém conhece os reais quantitativos proporcionais que geram (PIB) Produção interna bruta, para que sejam aplicáveis no OGE.


Angola é uma presa fácil das grandes corporações externas, o país funciona há 45 anos como um coletivo de parasitas, que nada produz industrialmente, e, por assim ser, Angola vive às expensas de empréstimos externos dos países ricos e não só. Assim sendo, a narrativa do partido no poder, de ser o único preparado para governar, cai por terra, não se sustentam mais.


Em 45 anos ininterruptos no poder, o MPLA saqueou os cofres públicos, a nomenclatura de ontem é a mesmo de hoje, e essa gang só trouxe pobreza extrema, perseguições, tortura, prisões arbitrárias e assassinatos em massa aos angolanos. O MPLA transformou Angola num gigante de papel. O MPLA não vale nada para o país, pior, no seu DNA contém o cromossoma da arrogância, o autoritarismo, corrupção, gatunismo, manipulação, mentira e assassínios em massa.


É preciso muito mais que a arrogância e petulância para retirar o país do ostracismo em que o MPLA o votou. Ninguém, nem mesmo o poder totalitário, pôde inviabilizar a vontade expressa do povo desejar seguir um caminho diferente sem a companhia do MPLA.


Por outro lado, quem poderá culpar as oposições por adotarem estratégias firmes que determinem uma única unidade de acção, para retirar a hegemonia do MPLA! Além de fazer sentido, é honesto dizer-se, que o papel maior das oposições, é o de refazer o seu caminho, aprender com os erros do passado, caminhar juntamente com a sociedade civil inteligente organizada, sem esquecer de cuidar todo povo sofrido e roubado.


Importa sim, e muito, que as oposições surpreendam cada vez mais o adversário, com novas e firmes estratégias ensaiadas ao pormenor. A união das oposições tem que funcionar com estratégias ousadas para minar gradualmente toda imponência do adversário. Os golpes têm que ser contundentes, demolidores e sobretudo certeiros.


As oposições têm que exercer desmedida pressão sobre o adversário, com a firme finalidade de transformar o MPLA, num gigante de papel imprestável.


Espera-se que os demais partidos da oposição olhem com elevação o gesto de humildade das três lideranças e se coloquem a disposição do povo, juntando-se a iniciativa proposta pelo Pra Já Servir Angola, O Bloco Democrático e a UNITA, aproveitar as falhas, os erros e as contradições do MPLA, para desse modo deferir-lhe o golpe que o levará para a oposição. Ale reeducar-se-á em civilidade comportamental oposicionista.


O facto de João Lourenço e seus colaboradores serem todos assessorados pelo diabo, isso só agrava as responsabilidades das oposições a compreender que têm que ser cautelosas e muito mais audazes e contundentes nos golpes a acertar no adversário.


A oposição sabe, que o MPLA é uma organização cruel e radical, que pensa ser o dono do modo de pensar dos angolanos.


A experiencia já nos mostrou, que o MPLA é capaz de realizar todo tipo de atrocidades que faria até inveja a “STAZI”, polícia política da Alemanha oriental. É preciso ter em conta que o MPLA montou em Angola um estado de polícia disfarçado de democracia representativa.
Para isso, basta acompanhar o modus operandi das mídias controlada pelo estado, que, além de boicotar as lideranças oposicionistas o acesso aos meios de comunicação, em especial ao líder do maior partido da oposição. Também é bom não esquecer a forma impeditiva imposta ao parlamento como primeiro poder institucional, de poder fiscalizar o executivo enquanto administrador e não dono da coisa pública. Isso não encontra albergue no texto constitucional.


O MPLA, está preparado para aterrorizar os seus mais directos oponentes, que não hesitará em assassiná-los friamente, com o único objetivo de manter o poder pelo poder. Apesar de ser verdade que o MPLA atravessa um momento de real caducidade institucional, ainda assim, é um adversário perigoso, pois, não se coibiria de usar a força bruta e o seu habitual jogo rasteiro e sujo de fraudar eleições, só para não ser desinstalado da cidade alta, onde mora há mais de 45 anos.


Os assassinatos de Kafunfu, são a prova disso, o senhor ordens superiores que habita há 45 anos na cidade alta, manda assassinar os populares e depois vem a velha e adoentada imprensa com a esquizofrenia habitual imputar responsabilidades a UNITA. Isso já é prova suficiente, que o partido dos gatunos, além de corrupto é arrivista e perigoso.


O governo do MPLA com desfaçatez acusa a UNITA da pratica dos crimes por ele praticado, tem sido assim ao longo de 45 anos. Os “Lourencistas” no MPLA estão perdidos, eles pensavam que chegaria à altura das eleições e a fraude eleitoral seria facilmente montada, sem a reação popular com que se deparam agora. Ah não, dessa vez enganaram-se redondamente.


A UNITA não é mais Isaias Samakuva, o homem que tudo fez para neutralizar a ascensão natural do Abel Chivukuvuku, esse mesmo Abel Chivukuvuku, agora nas vestes de líder suprapartidário, junta sua voz a de Adalberto da Costa Júnior, um diplomata de mão cheia, político e intelectual convicto, e atual presidente da UNITA, e do doutor Justino Pinto de Andrade, líder do Bloco Democrático, um político hábil e intelectual integro, juntos formam o trio que ajudará a oposição chegar eventualmente ao poder.


O regime nutre ódios de estimação contra as oposições, principalmente contra UNITA, por essas não comungarem da estratégia do MPLA, que obriga tudo e todos a obedecer a sua estratégia de branquear a verdade sobre os assassinatos do Kafunfu. Isso não vai ser possível nem poderia acontecer, a oposição é oposição não para conviver em regime de comunhão de bens nem de obediência com um partido manipulador como é o MPLA.


Em política, nenhum partido se solidariza com o partido no poder, de contrário não seria oposição e sim partidos de apoio ao regime. Solidariedade apenas se poderá encontrar na aprovação do OGE, porque o país não pôde parar.


Como se solidarizar com um partido totalitário, que usa e abusa dos meios de comunicação do estado a seu bel prazer, que trapaceia, achincalha e denigre os adversários, utilizando para isso esses mesmos meios de comunicação de todos nós. I Por outro lado, tal imprensa, que não ouve nem promove a concórdia, pelo contrário ajuda a inflamar o ódio, divide os angolanos e não dá o direito ao contraditório dos adversários perseguidos e acusados pelo regime!


Um governo formado por gente corrupta, sem vocação para se solidarizar com o povo esfomeado, não é digno de esperar solidariedade dos seus opositores, que a todo momento são mentirosamente escrachados pelas mídias controladas pelo partido no poder. Só dá para rir mesmo, solidariedade em política não se pede, menos ainda se exige do seu adversário, a solidariedade conquista-se com humildade e sobretudo com a colaboração institucional entre as formações políticas.


É legítimo que as oposições se organizem e façam de tudo para alterar o quadro político actual no país. Também não é pecado as oposições aspirarem ser governo em 2022. Na verdade, a franja Laurencista do MPLA, que se arroja em ser arrogante, é minoritária do partido dos camaradas.


Os sucessivos recados provenientes do povo provam que, a fadiga e insatisfação generalizada chegaram ao limite. O soberano não quer mais ser tratados como meros dados estatísticos. O povo quer exercer o seu direito à cidadania, pois, entende agora, que o país é deles também e não apenas de alguns mangas de alpaca.


Os recados ao poder são frequentes e podem a qualquer momento implodir de vez no país político-social. O MPLA tem que entender que jogo sujo, fraudes eleitorais não são mais toleráveis. Além disso, ainda há o caso segurança do estado por se resolver, o povo tem raiva do SINSE, desde a sua criação, essa instituição do estado só se dedica a denegrir e perseguir as oposições e o povo não aceita esse tipo discricional e quer ver mudanças nessa esfera.


O SINSE emerge para somente enegrecer a imagem do presidente da república, que de si já é bastante opaca. O SINSE nada mais é, que um órgão amorfo e obsoleto, que só serve para ensaiar as matanças friamente programadas. A colagem do SINSE a imagem do presidente da república, indica que João Lourenço é tão ou mais culpado das matanças que o próprio Fernando Garcia Miala e Paulo de Almeida.


Assassinar o povo indefeso, e responsabilizar a UNITA, nos tempos que correm é ilógico e não colhe. A UNITA presidida por ACJ, não parou no tempo, ela está modernizada, totalmente renovada, com quadros excelentes, todos eles jovens capacitados e muito bem instruídos academicamente, fazem toda a diferença.


Por isso, o presidente da república e o seu séquito, podem até responsabilizar a UNITA dos assassinatos de Kafunfu. Porém, a UNITA não aceita a culpada e muito menos aceita exercer o papel de capacho de antes.


O MPLA e a sua intelligentsia terão de procurar outros bodes expiatórios e capachos em outra freguesia ou em qualquer outro lugar do planeta desde que, não seja na UNITA.


A segurança de estado é aberrantemente negligente, e também não possui quadros a altura para inovar os serviços de inteligência e tratar de realizar avaliações acertadas no terreno, sobretudo, para estudar os fenômenos psicossocial e as mutações, que se operam no seio das muitas nações que compõe o tecido da nossa angolanidade.


Não se pode construir um projecto de sociedade progressista sério, assentes em bases retrogradas, nem se consegue paz social através de ameaças, perseguições, prisões ilegais, torturas assassinatos e/ou coma imposição de armas fogo. Já ficou claro, que o SINSE é uma instituição intelectualmente fraca e institucionalmente falida.


Por outro lado, o gabinete do mal, chamado pomposamente de gabinete de acção psicológica, não passa de um vergonhoso aborto, que só coloca a presidência da república em maus lenções. Na verdade, é um órgão morto, sem serventia institucional nenhuma, que serve apenas para intoxicar o meio social com Fake News, na tentativa de atordoar os parcos cidadãos incautos, se ainda existem e assim dividir os angolanos.