Londres - A ESCOM suspendeu apoio financeiro ao “Novo Jornal” dando seguimento a um ambiente de inconexão naquela publicação. O corte de que o semanário NJ foi alvo é paralelo a desencontradas linhas de posição entre o conselho editorial da publicação e a New Media Angola, a sociedade anônima detentora do Jornal.
Fonte: Club-k.net
Patrocinadores gostavam que seguissem
exemplo do Jornal de Angola
O Novo Jornal é um investimento da ESCOM, que é uma empresa do grupo português Espírito Santo, que através do Banco Espírito Santo Angola (BESA) tem interesses na New Media Angola. (Isabel dos Santos detém parte do capital do BESA).
O Jornal cujo projecto inicial absorveu cerca 1,7 milhões de dólares (equipamento, redacção e etc ) apresenta agora um cenário que pronuncia abarcamento dos gastos fruto da decisão dos patrocinadores. A publicação sempre foi toda ele feita a cores (incluindo três cadernos diários) o que faz ser um jornal caro (a impressão custa de US$ 10 mil por edição). No sentido de balançar o cenário que enfrentam deixaram de fazer impresão na gráfica Lito Tipo passando para a “Edições Novembro”, gráfica afecta ao Jornal de Angola que fica mais economica.
O jornal deixou de ser a cores e os cadernos saíram em bloco ao invés de separados. Aos leitores, a publicação apresentou um pedido de esclarecimento atribuindo a uma suposta “falha técnica”.
No seguimento da presente conjuntura estão a ser registrados nos últimos tempos, falha ou atraso nos salários. Ha trabalhadores que deveram apenas receber depois do dia 15 de Fevereiro conforme garantias da direcção.
De realçar que o NJ tornou-se num dos jornais lideres em leituras face ao rigor da abordagem dos temas em diferentes prisma. Devido a esta linha edtitorial isenta são atribuídas a ESCOM receios de que a mesma possa criar embaraços aos seus interesses diante ao regime. Na percepção de observadores em Luanda, a manifestação deste sentimento foi reflectida na reação que se estendeu aos accionistas da New Media Angola em Outubro passado quando o “Novo Jornal” avaliou como “negativo” os 12 meses de governação do MPLA, apos as eleições de Setembro de 2008.
Em finais de 2009, foram vetados textos de um jornalista senior Gustavo Costa que assina uma das colunas mais lidas no Novo Jornal. A descordia da castração dos seus escritos surgiu apos a Ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva ter se queixado ao MPLA de que os textos do jornalista estavam tranvestidos de piadas contra si.
Em finais de 2009, apareceu no gabinete dos responsáveis do NJ um carta de pedido de demissão de um sub-editor, Pedro Cardoso. Ha informações de que outro profissional decidiu abandonar recentenmente este jornal.