Luanda - O antigo Juiz Conselheiro Presidente do Supremo Tribunal Militar de Angola, General António dos Santos Neto “Patónio” negou que tenha alguma divida com a Sonangol respeitante a uma residência que recebeu pela Cooperativa Cajueiro (imobiliária detida pela petrolífera estatal), na província de Malanje, construídas pela construtora PRUMO.

Fonte: Club-k.net

O general reagia - em círculos privados -  em relação a noticia “Sonangol comprou casa de um USD milhão para ministro Eugénio Laborinho ”, que dava conta que o general Eugenio Laborinho (e outros membros do regime como foi o caso do general Antônio Egidio de Sousa e Santos, actual, Chefe de Estado Maior General das FAA, Carolina Cerqueira, ministra de Estado para os assuntos sociais; Coutinho Nobre Miguel, ex-Presidente do Banco SOL; Pedro Agostinho de Neri, secretário-geral da Assembleia Nacional; José Maria Botelho de Vasconcelos, antigo ministro dos petróleos; Teresa de Jesus Dias de Abreu, antiga administradora de Malanje, e Fernando Osvaldo dos Santos, “testa de ferro” de Manuel Vicente) haviam beneficiado de casas da Sonangol a preços simbólicos.

 

De acordos com fontes próximas a António dos Santos Neto “Patónio”, o mesmo tem esclarecido que não beneficiou da residência conforme saiu nas noticiais adiantando que a residência em causa foi uma oferta do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, portanto não deve nada a Sonangol. “Patónio”, segundo a mesma fonte atribui o conteúdo da informação a trabalho de alegados adversários internos no regime.

 

Segundo documentos da Sonangol, em posse do Club-K, a residência que o general “Patónio”, fica no condômino “Palanca Negra”. A Sonangol pagou a construtora PRUMO, o valor de USD 672 619, pela casa e por sua vez, a petrolífera revendeu ao general por USD 400 000. Fê-lo um desconto de 39% (USD 265 000), e no final (depois do desconto feito) o general pagou USD 408 000. No mesmo documento datado de 2016, o nome de António dos Santos Neto “Patónio”, aparece na lista dos que sócios beneficiados que não estão em divida.


De acordo precedentes, vários membros do regime quando confrontados com irregularidades e confrontados tem remetido ou recorrido ao nome do antigo Presidente José Eduardo dos Santos. Outros, que terão beneficiado de benesses oferecidas pela “porta do cavalo”, procuram por desviar as atenções no momento da prestação de contas.

 

Em 2014, o antigo Vice-Presidente do MPLA, Roberto de Almeida recusou devolver um crédito de 10 milhões de dólares americanos que beneficiou do extinto Banco BESA alegando ter julgado que o dinheiro tinha sido uma oferta do regime na altura liderado por José Eduardo dos Santos.

 

O mesmo comportamento teve um outro veterano e antigo ministro do interior, general Santana André Pitra “Petroff”, que recusou devolver um empréstimo de 200 mil dólares do Banco BAI, no passado. Na altura em que lhe foi cedido o credito, o banco, por alegada orientação superior, deu-lhe os valores sem lhe exigir alguma garantia, ou seja o seu nome serviu de garantia. Foi lhe dado

 

Quando mais tarde foi chamado para regularizar a divida, este general na reforma desafiou o BAI a apresentar-lhe algum documento por si assinado que comprovasse que foi ele a ir ao banco solicitar credito. O assunto morreu por ai e Santana André Pitra “Petroff” nunca mais foi perturbado pelo banco.