Luanda - O plano de convencer os angolanos, que João Lourenço, seria a melhor escolha para presidir o país, ruiu por completo. Por outras palavras, a direção do partido MPLA, viu-se sem saída ao perceber, que o projecto de afirmação de João Lourenço como estadista era uma miragem e achava-se inviável e comprometido.

Fonte: Club-k.net

O PR está de todo desacreditado. Não foi e continua a não ser possível transformar milagrosamente João Lourenço, num competente governante, tentar convencer o cidadão que o PR é um exímio reformador é obra, seria como apresentar uma nota verdadeira de 1 Kwanza com o rosto de JES estampado nela!


Profecias cínicas de comentadores e defensores do idílico continuísmo, alardeiam vitorias ao PR, onde elas não existem. Um desses arautos defensores do atraso, reportou a partir de Lisboa, onde vive, que o PR deu um valente gancho “referência ao boxe”, na oposição, o murro ou gancho na oposição é a maneira deselegante, que o verboso escriba encontrou para enaltecer o PR João Lourenço, elevando-o ao nível de um portentoso boxeador da nossa política doméstica.


O gancho que não existiu, foi imaginariamente criado pelo cronista do jornal de Angola, para tentar branquear os fracassos do PR na peleja política interna. É quase impossível reportar realidades jornalísticas a partir do exterior, sobretudo para quem precisa ardentemente ser coerente e realista. Não se pode descrever factos verdadeiro a partir do exterior, como se Lisboa fosse uma das províncias de Angola.


O jogo político é jogado dentro das fronteiras de Angola, sobretudo na capital Luanda. Assim sendo, o forte gancho dado pelo PR na boca do estomago da oposição, é tão falso como procurar chifres na cabeça de cavalo! De outra forma, o gancho serviu apenas para ilustrar alegria inalcançável do escriba lá das europas desejar que o país volte no tempo amargo de partido único ou de partido/estado. Acredito que o colunista esteja com saudades da mãe Angola, de Agostinho Neto, constituída sob o olhar silencioso de Lenine, coisas do saudosismo.


Aparte isso, é bom refrescar a memória do arauto defensor da impositiva verdade política do regime, que a oposição não tem que provar nada, principalmente a UNITA, que desde o render de armas vem caminhando como um partido moderno, inovador e desarmado, quero assim dizer, que a oposição de hoje não é estupida nem inconsequente, por isso ela não vai seguir cegamente uma proposta de revisão da constituição chegada ao público através de um discurso.


Por outro lado, a oposição também tem a sua própria agenda, que por sinal, em nada coincide com a agenda do partido que sustenta o governo, nem com a do presidente do MPLA. A agenda da oposição possui dois itens nucleares, que passam pela eleição direta do presidente da república, revisão da lei eleitoral e a recomposição da CNE, terminando com a exoneração incondicional do senhor Manico, na presidência da instituição.


Cabe por isso ao MPLA, aceitar ou não a tese da revisão pontual da constituição, apresentada pelo presidente do seu partido. Ora, a oposição não tem como aceitar a agenda imposta ao país por sua excelência o Confúcio III, o pensador número 3 da retorica constitucionalidade desordeira e confusa, criada a imagem do próprio MPLA, e imposta a todo país político-social.


Além disso, o MPLA tem maioria qualificada no parlamento, maioria idêntica à anterior maioria qualificada, que esteve na base da criação e aprovação da constituição, que o país jurídico e social considera anômala. A pouco mais de dez meses, o PR negou-se a visitar a constituição, alegando que Angola, tinha a melhor constituição do “MUNDO”. Não se percebe agora a razão que o leva o PR em 10 meses, revisitar a constituição negada antes. Até porque nada impede ao MPLA de aprovar tais anomalias.


No momento em Angola, não existem condições objetivas para um ardente debate sério, fiel e abrangente sobre a tal revisão da constituição, nem de outro qualquer assunto de extrema importância. O partido no poder e a presidência da república açambarcaram para si a tutela de toda comunicação social do estado, mesmo sendo elas pertencente a todos angolanos, porém, hoje, somente o MPLA tem acesso aos meios de comunicação, portanto o contraditório foi banido do estado de direito a lá MPLA.


Ainda sobre visitar a constituição, sobre essa matéria, a oposição e a sociedade civil organizada não foram dadas nem achados, apesar de em sentido contrário, a UNITA ter apresentado já alguns itens ao país, para que fossem alvo de discussão para bem do país, mas não teve qualquer respaldo da parte do poder.


Todo angolano sabe o que motivou João Lourenço, sair a público e falar do que ele mesmo não desejava nem acredita. A chegada de notícias vindas do exterior, davam conta que João Lourenço, afinal é tão ou mais corrupto e ladrão, que os marimbondos perseguidos por ele.
A pior parte em toda a encenação pitoresca, foi o país tomar conhecimento, que o PR João Lourenço, a esposa, familiares directos do casal e também amigos próximos, estão a ser acusados de defraudar os cofres do erário público, afinal eram igualmente gatunos, que construíram fortunas enormes de forma primitiva...


Por outro lado, não foi à toa que a cidade alta tentou por todos os meios disponíveis, acusar as pessoas assassinadas pela polícia, de tentarem atacar uma esquadra da polícia nacional do MPLA em Kafunfu, o truque resultou negativo, pois, ninguém acredita nisso. De seguida, tentaram minimizar o número de mortos para 06 pessoas assassinadas, na vã tentativa de legitimar os assassinatos, também resultou em falhanço total. Aliás, o presidente da república não conseguiu sequer prosseguir com a mentira quando discursou no conselho de ministros sobre a revisão pontual da constituição.


Acto continuo, a cidade alta, orientou o gabinete do ódio, conhecido por gabinete de ação psicológica, para fraudar os angolanos, acusando a UNITA e o seu presidente ACJ, de estarem na origem dos tumultos, essa farsa também não surtiu o efeito esperado.


Ficavam assim esgotados os remédios usados para estancar a hemorragia e tentar reabilitar a imagem do presidente do MPLA e da república. É verdade que no exterior, a imagem do PR não só ficou beliscada como continua cada vez mais terrivelmente arranhada.


João Lourenço, apesar de tardiamente, reconheceu que a mentira sistêmica não resultaria como estratégia para limpar o seu nome, foi esse entendimento que o levou a fazer o movimento de propor a revisitação da constituição, além disso, as circunstancias adversas obrigaram-no a provar do mesmo veneno, que mandou administrar a engenheira Isabel dos Santos, filha do ex-presidente da república José Eduardo dos Santos.


Aí, a face carrancuda do entroncado presidente adicionou-se lhe um nariz bicudo, que cresceu rápida e disformemente, qual Pinóquio mentiroso.


Tudo correu mal para o presidente, a demagogia não funcionou mais, ninguém acredita nem confia nele, a esperança foi-se embora, o mesmo pôde-se afirmar do seu partido. Ficou claro, que a ideia de rever a constituição era a medida certa para amainar o desassossego porque João Lourenço atravessava. A revisão da constituição, além de ser um vigoroso “estardalhaço” também não foi um acto voluntarioso de João Lourenço, nem do reduzido núcleo de partidários, que o acompanham para todo lado.


Sem medo de errar, o presidente da república não tinha outro recurso senão buscar o apoio imprestável das TPAs e ZIMBO da vida, RNA, e o fabuloso Jornal de Angola, e demais mídias controladas pelo partido que sustenta o desgoverno.


De facto, o MPLA tentou criar um facto político novo que fosse mediático que resultasse em ofuscar o mau momento que o presidente e o governo atravessam.


Também é verdade que João Lourenço, não conseguiu firmar-se no cenário político nacional como líder incontornável, por outro lado, também não obteve os êxitos esperados no combate a corrupção. Aliás, ninguém em Angola, em seu perfeito juízo acreditaria que o MPLA combatesse com verdadeiro aprumo e dedicação relevante o próprio MPLA, porque a combater-se de verdade e com justeza a corrupção, seria extremamente catastrófico e demolidor para o MPLA.


A corrupção não se combate com discursos vazios e amarelados, muito menos com acusações gratuitas cheias de inverdades direcionadas a inimigos de estimação, nem com intrigas e querelas advindas de velhas rixas internas, entre membros do mesmo partido MPLA.


O que houve, foram ameaças pontuais, cobranças e acertos de contas contra os protegidos da anterior governação de JES. Fala-se até por aqui em Luanda, que caso o escolhido de JES, para presidir o país, fosse um outro qualquer membro da nomenclatura, o PR João Lourenço, estaria hoje em muitos maus lenções, porque ele foi dos mais protegidos do ex-presidente da república José Eduardo dos Santos.


No enfoque da situação, os poderosos do MPLA não tiveram outra saída, senão rasgar as próprias vísceras, e sem pudor nenhum, o presidente da república fez mais um discurso à imprensa, sinalizando desejar revisitar pontualmente a constituição. Só que o tiro lhe saiu pela culatra, pois, ninguém acredita em João Lourenço e muito menos no MPLA, que insistentemente cometem os mesmos erros de palmatoria.


Em política as oportunidades não se repetem, passar credibilidade e obter aceitação popular, não chega discursar, o povo de ontem não é o mesmo de hoje, a que se esforçar mais, não chega falar em rever a constituição. Os potenciais eleitores dentro e fora do país, querem muito mais que promessas.


Por outro lado, o PR deveria de imediato fechar definitivamente o gabinete diversionista e divisionista de ação psicológica do Norberto Garcia, que só cativa ódios, e pelo cinismo que o caracteriza afronta a paz.


Se de facto o PR está disposto a ouvir os mais velhos e os jovens adultos, jamais deveria deixar a sua sorte e a dos angolanos nas mãos do Fernando Garcia Miala. A militância e os amigos do MPLA, no seu perfeito juízo, jamais vão apoiar um cabeça de lista cercado de pessoas da índole dos seus ministros, como por exemplo: o director de gabinete do PR, ministros da energia e águas, comercio e indústria, transporte, construção, os Manicos da vida.


O momento é de grande reflexão para todos e a todos os níveis da vida do país, e foi exatamente neste momento, que o presidente da república se aconselha com gente medíocre, para afastar um quadro do nível de Bernarda Martins, com provas de fidelidade institucional e profissional demostradas anos a fio, para no seu lugar, nomear um deliberado lambe botas e oportunista. Isso é um escarnio, é debochar do eleitor e do povo que votou no MPLA


Volvidos mais de três anos, João Lourenço continua a levar o país a reboque de um único pensamento, o seu que leva o país a derrapar na curva do vazio. Hoje a aprovação de João Lourenço é péssima, ainda assim, ele age com desdém odioso, desumano e cruel contra o povo que devia respeitar e sobretudo amar.