Luanda - A situação social e económica do país pode atingir contornos graves, a continuar com a actual gestão do MPLA, na visão de dois militares, o General Kamalata Numa da UNITA e Osvaldo Caholo, o único militar do grupo dos 15 mais duas, passado compulsivamente à reforma.

*Manuel José
Fonte: VOA

De maneiras diferentes acreditam que a vida dos angolanos nos actuais moldes de governação está condenado ao fracasso.

.O General Numa disse à Voz da América que “pelo rumo que vão as coisas caso não haja alteração, uma catástrofe pode ser um cenário possível para o país”.

"A situação hoje é degradante, as pessoas andam no lixo à procura do que comer, a pobreza aumenta”, disse avisando que os efeitos da seca que se faz sentir no sul do país poderão afectar milhões de pessoas no centro e sul de Angola

“O milho secou, neste momento no Huambo onde se produz, o quilo de fuba de milho está a 350 kz, imaginem a catástrofe que teremos nos próximos tempos", avisou

"Neste momento quem está no poder é o MPLA só ele tem a faca e o queijo na mão,” disse o antigo general da UNITA que disse acreditar que “pelo carácter e essência do MPLA vai nos levar para uma crise sem precedentes”.

“O MPLA devia pensar em se aproximar as outras forças políticas do país e construirmos o que ficou por fazer desde que o colono abandonou este país", acrescentou.

Osvaldo Caholo, militar passado à reforma desde o envolvimento no grupo dos 15 mais duas acusados de pretender derrubar o governo de José Eduardo dos Santos, pensa que não houve qualquer mudança em 2017, tudo continua na mesma tal qual no consulado de JES.
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Caholo considera não ser possível Angola tornar-se um estado democrático quando a sua população vive mergulhada na fome.