Lisboa - O Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço rejeitou, a dado momento, um pedido da esposa e de outras entidades do regime que intercederam  para a reabilitação política do antigo ministro das Finanças, Armando Manuel, que desde 2019, exerce o cargo de director Executivo do Banco Mundial para Angola, Nigéria e África do Sul, em Washington.

Fonte: Club-k.net

A rejeição  por parte do líder angolano é, segundo fonte do Club-K, remetida  à reservas que passou a ter sobre este economista ao tempo em que ambos serviram como ministros do governo de José Eduardo dos Santos. Consta que ao tempo em que João Manuel Gonçalves Lourenço era o ministro da Defesa Nacional levou ao Conselho de Ministro uma proposta para a compra de submarinos que fora inicialmente “dificultada” por Armando Manuel, quando Eduardo dos Santos solicitara parecer para os devidos pagamentos.


No seguimento de um braço-de-ferro que se registou, o assunto foi reanalizado, numa outra  sessão do Conselho de Ministro, tendo o então ministro das Finanças  insinuado que a compra dos submarinos  aparentava ser uma “roubalheira” devido aos altos preços estabelecidos pela vendedora Privinvest. João Lourenço terá se sentido “ferido” com as insinuações do antigo titular das Finanças face ao negócio que estava a assinar em nome do Governo de Angola.


Com João Lourenço na Presidência da República, Armando Manuel integrou a uma comitiva de uma delegação do Banco Mundial que se deslocou a Angola e que fora recebida a alto nível, no palácio presidencial. Consta que neste encontro o Presidente angolano não terá saudado Armando Manuel, deixando no ar que permaneciam ainda as reservas, como descreveram fontes do Club-K.

Armando Manuel trabalha no Banco Mundial por mérito próprio, sem sinais de apoio político por parte do executivo de João Lourenço.


Desde que assumiu o poder, João Lourenço tem sido referenciado como tendo manifestado reservas para com as figuras que foram deselegantes com ele no consulado do seu antecessor.

No passado, distanciou-se do antigo deputado Aníbal João da Silva Melo mas voltou a considera-lo depois deste ter integrado a comissão de comunicação e marketing da campanha eleitoral do MPLA em 2017, nomeando-o para ministro da Comunicação Social. Mas, em Outubro de 2019, o exonerou na sequência de uma intriga que insinuava que Melo teria feito um comentário desajustado sobre a governação.


Lourenço é também dado por não nutrir simpatias pelo papel que desempenharam alguns dos antigos colaboradores do Presidente José Eduardo dos Santos, tais como Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, António José Maria e Manuel Vieira Dias “Kopelipa”. De todos, o general “Kopelipa” é o que aparenta estar a merecer um “perdão” a julgar pela veracidade de rumores, segundo as quais, o ministro Edeltrudes Costa estaria a interceder pela sua reabilitação para o assessorar  no dossiê das eleições de 2022. “Kopelipa” tem a reputação de ser o estratega do regime em realizar eleições com resultados astronomicos com ajuda da espanhola INDRA.