Luanda - O Cônsul-Geral de Angola em Lisboa, Narciso Espirito Santos Júnior, está a ser criticado, em meios diplomáticos, por ter proposto a promoção de uma prima, Joana Franco Feliciano Manuel, como funcionaria de recrutamento local desta missão diplomática, sem cumprir com as exigências estabelecidas pelo ministério das relações exteriores.

Fonte: Club-k.net

PARA NÃO VOLTAR A LUANDA

Joana Franco Feliciano Manuel encontra-se em missão de serviço fora de Angola, há mais de 40 anos iniciando a sua carreira como Adida Administrativa do Gabinete do falecido Embaixador Luís José de Almeida, em países como França, Marrocos, Holanda, e por último na Representação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.


Com o encerramento da Representação da CPLP, na capital portuguesa, há dois anos e a subsequente reforma de Luís José de Almeida, a funcionária foi privilegiada - para não ser afectada pela política de redimensionamento do MIREX - com a acomodação no Consulado de Angola em Lisboa como responsável dos serviços notariais com a categoria de terceira secretaria, tendo a missão terminado em Fevereiro último.


Ao ver a sua missão no fim, o Cônsul em Lisboa, Narciso Espirito Santos Júnior tomou a decisão de readmitir a diplomata como “funcionaria de recrutamento local”, evitando assim o seu regresso a Luanda. Joana Franco Feliciano Manuel e Narciso Espirito Santos Júnior são primos do primeiro grau. Ambos são filhos de dois irmãos.


Segundo explicações, o regulamento do Ministério das relações exteriores obriga que todos os diplomatas regressem ao país de origem depois do fim da missão de trabalho, impedindo por outro lado que os mesmos sejam convertidos a categoria de “funcionários de recrutamento local”, como escapatória para o seu regresso.


O consulado de Angola em Lisboa tem sido frequentemente citado em problemas relacionados a despedimentos por alegadas falta de verbas, muita das vezes justificados como “politica de redimensionamento”. Os descontentamentos são agravados por relatos de que os afastados são por sua vez substituídos por figuras próximas a família do cônsul geral ou de sua esposa.

 

Também nomeado desde meado de 2016, Narciso Espirito Santo Júnior está em fim de missão depois de ter completado quatro anos a frente deste posto diplomático.