Brasil - Um grupo de nove missionários da Universal foi deportado de Angola e chegaram a São Paulo na noite desta quarta-feira (12). Alguns deles trabalhavam no país africano há mais de 20 anos em projetos sociais e foram expulsos em meio a uma perseguição religiosa e política que acontece há cerca de um ano.

Fonte: Noticiasr7

Os pastores que voltaram ao Brasil foram recebidos pelo Bispo Edir Macedo, o Bispo Renato Cardoso, por Cristiane Cardoso e o Bispo Eduardo Bravo. Dezenas de fiéis da Universal também foram ao aeroporto demonstrar apoio aos missionários.

 

"Essa recepção é para vocês como heróis da fé. Exemplos para todos que vêm atrás de nós. Deus abençoe, em nome de Jesus. Vamos seguir em frente porque vocês têm que comer, tomar banho, enfim. Vamos em frente, rápido", disse o Bispo Macedo aos pastores.


Os missionários que foram deportados sem justificativa não tiveram a chance de avisar suas famílias que seriam obrigados a voltar ao Brasil. "Desumano, é incabível que as autoridades angolanas tenham simplesmente rasgado a constituição, ignorado todas as leis do próprio país para fazer o que fizeram. Não acataram nenhum recurso jurídico, não nos responderam, não nos deram acesso ao que os pastores estão sendo acusados. Não há acesso dos nossos advogados ao processo, ou seja, nós não sabemos o que tem nos processos. Isso é incabível num estado democrático de direito e lamentamos tudo isso que está sendo feito", disse o Bispo Renato Cardoso.


O Bispo Elismar, um dos primeiros a desembarcar, estava há 16 anos em Angola e disse que "foi obrigado a viajar sem a esposa e sem a filha". Elas continuam no país africano.

O Bispo Eduardo Bravo, presidente da União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos, declarou que "o governo anterior chegou a condecorar a Igreja várias vezes. A IURD foi reconhecida em Angola. Não há base juridica, na Constituição. Nossos advogados não sabem o que está acontecendo. A cada dia há uma escalada de perseguições".

A deportação dos pastores da Universal é uma tentativa clara de tirar a igreja do território angolano. Um grupo dissidente da instituição tenta se apropriar de maneira ilegal do patrimônio construído durante anos. Este grupo é formado por ex-bispos e ex-pastores que foram expulsos da igreja por atos criminosos e imorais.

No momento, acontecem ações judiciais no país e representantes da igreja protocolaram uma carta-denúncia no escritório das Nações Unidas em Angola.