Luanda - Apesar de ambos terem como principal instrumento a informação, jornalismo e chantagem não são a mesma coisa. Pois, jornalismo define-se como sendo a colecta, investigação e análise de informação para produção e distribuição, comummente, de factos, ideias e pessoas que são notícia e que afectam, de algum modo, a sociedade. Enquanto que a chantagem é a extorsão de dinheiro ou qualquer vantagem a alguém sob a ameaça de divulgação, no caso de nega, de factos escandalosos, verdadeiros ou falsos. No entanto, o acto de chantagear ou extorquir, não obstante ser imoral, é crime, segundo o código penal angolano no seu artigo 425°, punível com as penas estabelecidas para o crime de roubo, artigo 401º, ou seja, o chantagista ou extorsionário arrisca-se a uma pena de prisão que pode ser de até 5 anos ou mais ainda.

Fonte: Club-k.net

Normalmente, os artigos, instrumentos de chantagem, são carregados de injúrias, calúnia ou difamação e principalmente ataque e exposição pessoal. Pelo que não deviam ser considerados artigos jornalístico pós o jornalista em sede de uma reportagem de investigação não se excede e em sede de um artigo de opinião ou critica não ofende.


Assim do ponto de vista epistemológico o jornalismo não se coliga à chantagem, do contrário perderia a sua nobreza e seu poder passando para a imoralidade e crime. De pouca sorte e por causa da impunidade há chantagista mascarado de jornalista. Porém, melhor do que as entidades reguladoras, a sociedade deve levantar a sua voz para acabar e denunciar as chantagens.

 

Contudo, o jornalismo que é uma profissão cujo valor como ética e deontologia são claros, continuará a receber novos e melhore profissionais para o seu próprio desenvolvimento. E, devemos sempre lembrar que o jornalismo é fundamental na construção de uma sociedade democrática e de justiça social, o jornalismo promove a solidariedade e o desenvolvimento sustentável e harmonioso. E, com o advento das novas tecnologias, novos métodos de se afirmar como profissional surgem, somente, precisamos continuar a nos formar e ter em atenção o modelo que escolhemos a seguir.

 

Atenção! Não se iludam com o castelo de areia do chantagista. A verdade sempre aparece e a justiça não falha.

Por: Pedro Chitunguila