Luanda - Mais de 50 cidadãos angolanos que desempenham as funções de motoristas de táxi personalizado na empresa “T’Leva”, na província de Lunda, acusam a direcção da referida frota de descontos ilegais, o que consideram como “escravidão moderna” o facto de estarem a ser descontados dos “baixos salários”, quando não atingem a média mensal de 400 ou 600 mil Kwanzas. Apurou o Imparcial Press, juntos dos denunciantes.

Fonte: Imparcial Press

“Nós os motoristas da T’Leva viemos por meio desta mostrar nossos descontentamentos. Pois por falta de emprego no país todos vimos a empresa de táxi T’Leva como uma oportunidade de nos ocuparmos e prestar o devido serviço conforme assinado no contrato, apesar de muitas cláusulas não serem convenientes, assinamos conscientemente, mas sem estes descontos previstos”, disse um taxista, pedindo anonimato.

 

Segundo os interlocutores, as viaturas são atribuídas para fins de trabalhos de táxi, mas quando levam passageiros ao domicílio, nem sempre têm outros clientes ao regressar aos pontos de carregamento bruto, no Xyami Kilamba, Xyami do Nova vida, Benfica e na própria China-Angola para compensar a quilometragem que o taxímetro regista, justificaram.

 

“Às vezes ficamos muitas horas no ponto de paragem sem termos clientes, e quando aparece um passageiro voltamos vazios, uma vez que o valor cobrado depende da distância onde o passageiro pretende chegar. Algo que o gerente não considera”, alegam os trabalhadores.

 

Lamentavelmente, clamam as fontes, todos esses esforços que se traduzem em baixos rendimentos para o patronato, têm efeitos contrários aos salários dos funcionários que ganham na base de 12 por cento do valor global, sofrendo ainda mais descontos directos para completar a conta de 400 a 600 mil Kwanzas mês.
“Ganhamos 12 % de tudo o que produzimos, temos de recebê-lo a pois terminar o mês, uma vez que nos obrigam fazer de 400 a 600 mil por mês. Todo aquele que não atingir a meta é eliminado sem respeito, e ainda pagamos as diferenças com nossos salários”, disseram.

 

Para se ter um exemplo, da vila de Viana ao largo 1° de Maio, ou vice-versa, o aluguer de uma viatura “T`Leva” custa 7 mil Kwanzas”.
Todavia, vezes há que o cliente solicita os serviços, mas posto no local, os solicitantes desconformam a corrida, às vezes telefones desligados. “O patrão não entende este lado. Imagina ir a Viana e de lá voltar vazio com a quilometragem a contar?!”, questionam, cuja resposta nem o portal “Imparcial Press conseguiu da referida direcção da empresa para o direito de resposta quando contactada.

 

Por outro lado, os motoristas da mais nova frota de táxis personalizados com mais de 300 viaturas eléctrica, em Luanda queixam-se de não merecer de descontos para segurança social, pouco menos seguro de saúde, atendendo o tipo de trabalho que desenvolvem, com todos os riscos possíveis. E, como se não bastasse, pagam as quilometragens se usarem as viaturas para apoiar até mesmo um familiar directo, como filho ou esposa em questões de saúde.

 

“Todos motoristas com carros atribuídos para trabalho, se levar um filho ou esposa doente para hospital tem de pagar a quilometragem”, lamentam.