Luanda - Segundo noticiou a TPA – Televisão Pública de Angola, numa operação conjunta entre o SINSE - Serviços de Inteligência e Segurança do Estado e o SIC – Serviço de Investigação Criminal, que investigava, entre outros, o Major Pedro Lussati, afecto a Casa de Segurança do Presidente da República, foi possível proceder a apreensão de:

Fonte: Club-k.net


(i) 10 milhões de dólares (escondido em malas)

(ii) 700 mil euros (escondido em malas)

(iii) 800 milhões de kwanzas (escondidos em malas)

(iv) 45 apartamentos de luxo (espalhados em diversos condomínios de Luanda)

(v) 5 apartamentos em Lisboa-Portugal

(vi) 1 apartamento na Namíbia

(vii) 15 viaturas top de gama (incluindo em Lexus personalizado)

(viii) Diversos relógios em ouro e cravados de diamantes.

Chama atenção o facto de os valores em kwanzas estarem em caixas do BNA – Banco Nacional de Angola, o que levanta fortes suspeitas de envolvimento de funcionários do BNA, ou de terem sido subtraídos no processo de transporte de dinheiro do Porto de Luanda ao BNA, operação que tem sido feita pela Casa Militar, desde o tempo do ex-Presidente José Eduardo dos Santos. Tanto uma como outra hipótese coloca a necessidade de a investigação estender-se ao Banco Central, para apurar-se eventual envolvimento de funcionários daquela Instituição Pública.


Vale recordar que em 2018 os integrantes da banda de música da Casa de Segurança do Presidente da República num sinal de protesto e através de um abaixo-assinado haviam denunciado as falcatruas de alguns oficiais da instituição, nomeadamente o ex-secretário geral da casa de segurança Tenente-General Ernesto Simão e o major Pedro Lussati, na ocasião responsável pelas finanças da banda, por supostas subtrações indevidas aos salários dos músicos, cujo valor estava estimado em 12 milhões de kwanzas por mês.


Segundo os denunciantes, os actos delinquentes vinham sendo praticados desde o ano 2004! Os superiores ao tomarem conhecimento da denúncia dos militares afectos a banda de música molestaram as vítimas, com ameaças de morte em plena parada.


Os integrantes da banda musical, ao exigirem a bancarização dos salários, descobriram que o comandante da guarda de honra tenente-coronel Silva Sabonete, o director da banda Paulo Mayete, o director adjunto e regente da banda Raimundo Nkuansambo e o financeiro da guarda de honra Capitão Pereira Canivete estavam todos envolvidos no esquema.


Facto curioso é que esta operação só foi levada a cabo passados 3 anos desde que tais práticas foram levadas ao conhecimento público.


A exoneração de altos oficiais da casa de Segurança do Presidente da República, clama pela instauração de uma sindicância para se descobrir a profundidade e extensão destes esquemas, sobretudo pelo histórico negro daquela instituição (fora do radar da fiscalização).


Oxalá se abram as cortinas do Palácio para que a luz ilumine aquele labirinto, que já foi o epicentro da corrupção em Angola.