Luanda - O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) manifesta o seu descontentamento, após ter tomado conhecimento do impedimento da realização de uma feira de leitura por um grupo de estudantes do município do Balombo, província de Benguela.

Fonte: Club-K.net

Segundo apurou o Club-K, os três jovens pretendiam promover uma feira de leitura no Parque Infantil na sede do município nos dias 22 e 23 do mês em curso, tendo endereçado um documento à Administração Municipal do Balombo no sentido de facilitar o espaço.

Para a “infelicidade” dos estudantes, a administradora do Balombo “indeferiu” o pedido para a realização da feira de leitura, alegando que a Administração Municipal e a pessoa da sua titular, “não tem quaisquer problema com as realizações destas actividades”.

A Polícia Nacional chamada no local tendo apreendido 100 livros e 50 cartilhas, quando os organizadores tentavam realizar a mesma feira de leitura, acto condenado pela organização que defende os interesses dos estudantes do país, pelo que apela que se faça a devolução do material aos proprietários.

Em nota a que o Club-K teve acesso, a administradora entende que, não há qualquer “entrave” para a realização do evento em causa “desde que o referido grupo ou subscritores respondam legalmente e de forma coerente, podendo ser por via do associativismo ou quaisquer outros modo de organização social, desde que esteja dentro dos parâmetros legais”.

“Quanto à solicitação do parque infantil é indeferida à vossa solicitação”, lê-se.

Diante dos factos, o Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), sustenta que, enquanto associação que tem como objectivo promover e apoiar acções que visam criar e desenvolver o gosto pela leitura, “viemos por intermédio deste repudiar o acto da referida administração municipal e da sua titular por ter negado a cedência do parque infantil para a realização da feira de leitura sob alegação de ser um grupo ilegal”.

Para o MEA em Benguela “não são somente as associações legais que ali podem realizar actividades no Parque Infantil, até mesmo pessoas singulares, desde que se organizem e informem as autoridades sobre a referida actividade a ser realizada”.

Na visão do Movimento de Estudantes Angolanos, liderado por Francisco Teixeira, “as feiras de leitura não constituem nenhum atentado a ninguém, ao contrário trazem benefícios sociais às comunidades”.