Lisboa - O Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SNRA), órgão adstrito a PGR, ordenou no passado dia 29 de Maio, a apreensão de um sofisticado Spar de beleza (Maryssaty – Saúde e Beleza localizado na Rua 2, casa no 124, ao largo do Patriota)  controlado  pela esposa do major da UGP, Pedro Lussaty, por haver indícios de que foi construído com fundos desviados da corporação militar.

Fonte: Club-k.net

Segundo documentos em posse do Club-K, o referido empreendimento foi incorporado a 1 de Agosto de 2018, altura em que o major Pedro Lussati havia deixado de trabalhar para a Unidade da Guarda Presidência com ordens para se apresentar no Estado Maior das FAA, onde nunca chegou a ir optando por manter uma vida de alegado empresário.


Ao erguer o Maryssaty – Saúde e Beleza, o referido major passou em nome da sua esposa Marisa Manuel Antônio, uma jovem de Luanda, na altura moradora no bairro Nelito Soares e que agora vive na capital portuguesa com os filhos.


Pedro Lussati foi recentemente ouvido pela PGR tendo declarado que os bens pertencem-lhe e que foi acumulando poupança durante algum tempo. Para além do MARYSSATY – SAÚDE E BELEZA, em nome da esposa, o Club-K sabe que o major licenciado em informática pela Universidade Privada de Angola (UPRA) detém também uma empresa de informática “PL, SOFT”, limitada constituída existente desde janeiro de 2009, que está em seu nome e de um filho, Anderson João Manuel Lusati.


Em terras lusas, onde colocou a família, o mesmo major e a esposa controlam, desde Janeiro de 2013, uma imobiliária HIPÓTESETROPICAL, LDA. A referia imobiliária está temporariamente inativa, e funcionava na Rua Visconde de Santarém, 71 2, em Lisboa.


Natural da Caconda, Lubango, é um jovem militar Pedro Lussati que foi transfiro para Luanda, há mais de 15 anos, por conta de um familiar que trabalha na UGP tendo em conta que o critério de seleção nesta unidade presidencial é baseada no grau de parentesco com preferencia para elementos da Huíla e do Cunene.


Para além de ter estudado informática, concluiu uma segunda licenciatura em economia, que o que habilitou a trabalhar para a área do processamento dos salários da UGP junto com o seu então superior tenente-general Luís Simão Ernesto. Este último chegou a ser preso em Agosto de 2019, por ordens do chefe da Casa de Segurança, Pedro Sebastião que terá descoberto os esquemas de descaminhos de dinheiros desta estrutura militar.

 

Durante estes últimos anos, o major Pedro Lussati foi sendo vigiado pelos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) que procuravam ter entendimento sobre o estilo de vida que ostentava mas também por “falar muito”. Do seu grupo de amigos de ostentação, estaria o filho do comandante da UGP, Tenente-General Alfredo Tyaunda e um outro jovem militar que se mudou para Portugal junto com as suas três esposas.