Joanesburgo - A África do Sul estendeu o recolher obrigatório nocturno e limitou o número de pessoas em eventos para desacelerar a disseminação do COVID-19, à medida que aumentam os casos positivos, disse o presidente Cyril Ramaphosa no domingo, 30 de Maio.

Fonte: VOA

"O Comité Consultivo Ministerial sobre COVID-19 recomendou, portanto, que o país implemente com urgência outras restrições para limitar o aumento de infecções", disse Ramaphosa.

 

Ramaphosa explicou que a recomendação tem como base “aumento sustentado de novos casos nos últimos 14 dias, aumento das admissões hospitalares em quase todas as províncias e um aumento na proporção de testes COVID que são positivos."


As restrições de bloqueio de nível dois começarão nesta segunda-feira, 31, forçando estabelecimentos não essenciais, como restaurantes, bares e ginásios a encerrar às 22 horas, uma vez que o toque de recolher agora começará às 23 e terminará às 04 horas, disse Ramaphosa em discurso à nação.

 

Todos os encontros em salas serão limitados a um máximo de 100 pessoas, e 250 ao ar livre. A medida vai abranger encontros politicos, funerais, casamentos, cultos, entre outros.

 

Ramaphosa disse que, de acordo com especialistas em saúde do país, o recente aumento de novas infecções se deve ao aumento do número de encontros sociais, nos quais as pessoas não eobservam os protocolos de saúde essenciais.


Segundo Ramaphosa, “nos últimos sete dias, vimos uma média de 3.745 novas infecções diárias. Este é um aumento de 31 por cento em relação à semana anterior”.

 

No país, a proporção de testes COVID-19 positivos quase triplicou, no último mês, ao passar de cerca de 4 por cento para mais de 11 por cento.

 

“Somos aconselhados de que uma taxa de positividade de mais de 5 por cento é um motivo de preocupação”, disse Ramaphosa.

 

As províncias de Free State, Northern Cape, North West e Gauteng atingiram o limiar de uma terceira onda de infecções.

 

No país de cerca de 60 milhões de habitantes, mais de 960 mil já receberam, pelo menos, uma dose da vacina, a maioria profissionais de saúde. Mais de 56 mil pessoas morreram por causa da doença.