Lunda-Norte -  Antes de debruçar sobre o tema epigrafe, julgo oportuno conceitualizar o termo Tercerização. Segundo Martins (2010 p.147) conceitua tercerização como possibilidade de contratação de terceiros para realização de actividades que geralmente não fazem parte de objecto principal da empresa. Já silva (2008), simplifica o conceito de tercerização fazendo alusão ao serviço oferecido de empresa contratante para a contratada.

Fonte: Club-k.net

Necessidade do Ministério da Educação de Angola

Angola debate-se com um empecilho no sector da educação face as sérias debilidades que estudantes e, professores apresentam. Este facto, levou intelectuais da nossa praça académica no passado muito recente, manifestarem demasiada preocupação no que o sector está mergulhado. Entre estes intelectuais, está o respeitado professor Filipe Zau, que por sinal, é Doutorado em Ciencias de Educação. Segundo dados deste, vindos do PAT ( Programa de Apredizagem para Todos) existem 4 mil professores que nao sabem ler nem escrever em cinco Províncias da Angola. A revelação bombastíca deixou muitos chocados e boquiabertos com exceção do Phd Paulo de Carvalho, que em seu artigo " Temos professores que não sabem ler nem escrever" corroborou com Dr° Zau, e criticou os critério da admissão dos professores no MED.

 

Não sei dizer a realidade dos dados apresentados pelo Phd Filipe Zau, mas a verdade é que, todos nós estamos cientes de que o nosso sistema de educação não é melhor e, não nos devemos limitar em apontar erros especialmente, quando fazemos parte dele, devemos é também propor soluções para sairmos deste abismo.


Das variadíssimas solucões que existem para melhorar o nosso sistema de ensino uma delas é Tercerizar o serviço de recrutamento de novos professosres no sentido de se contratar profissionais qualificados e de alta competencia. Hoje por hoje, a seleção de novos professores não obedecer critérios propostos pelo MED, o que infelizmente, põe o processo eivado de vicíos como o nepostismo, o compadrio, a fraude e a corrupção.

 

A título de exemplo, são os últimos acontecimentos nos dois últimos concursos de ingresso no MED que deixaram muito a desejar! Só para vos sictuar no tempo, em 2019, a Governadora do Bengo, Dr° Mara Quisa, suspendeu o concurso de ingresso no sector da educação devido a denúncias sobre eventuais actos de corrupção. Em 2018, o gabinete de comunicação Institucional e Imprensa do Governo do Zaire reconheceu ter havido violação dos princípios de rigor, transparência, isenção e imparcialidade no concurso público naquela região mais ao norte do País. Já na Lunda-Norte, a SIC ( serviço de Investigação Criminal), interveio na confusão do concurso de 2019, tendo verificados graves irregularidades.

Urge a necessidade do MED contratar uma empreza independente especializada em recrutamento no sentido de selecionar quadros sérios o que vai proporcionar uma imagem diferente para nossa jovem educação.


Basta o tempo de recrutar medíocres e colocar os excelentes de fora, é imperativo valorizar o saber.


A pergunta que fica no ar é: como é possível um professor que não saiba ler nem escrever, passa no exame de admissão?

Cambulo aos 31 de Maio de 2021
Baptista Soloka
Licenciado em Linguística-Inglesa e Bacherelando em Direito