Brasil - Esta em curso na média e na sociedade uma polémica sobre o contraste entre as verbas dedicadas ao combate a covid-19 e os que são dedicadas as outras doenças, que estariam a “matar mais”, sendo que Angola viveria um “surto de malária” por conta do aumento de mortes e casos, como foi denunciado pelo Secretario da Ordem do Enfermeiros de Angola. Poderia se ignorar isto como mais um sintoma da doença nacional de critica constante ao Governo do MPLA, Critiquice Cronica Angola (CCA), porem a própria ministra da Saúde Sílvia Lututuca, membro do MPLA, disse a mesma coisa em 2020 , quando lamentava 10.000 mortes por malária, a diferença sendo que os primeiros dizem que a culpa é da incompetência do governo do MPLA que neglicência as outras doenças, como disse a UNITA, enquanto que os segundo dizem que a culpa é do covid-19 que esta a afugentar as pessoas dos hospitais.

Fonte: Roboredo.home.blog

Porem o que esta realmente a acontecer?

Porem parece me que vivemos sim uma crise de histeria nacional, em que reagimos não aos factos da realidade, mais sim aos nossos sentimentos e desejos, sendo existem dois grandes grupos: (1) O #MPLA que quer satisfazer seu desejo de ser visto como um bom governo pela comunidade internacional, (2) as oposições, a #UNITA e seus vizinhos, que querem o poder e fazem qualquer critica que lhes aproxima deste objetivo.

Sendo que o único questionamento publico a existência de uma epidemia de covid-19 em Angola, foi um feito de acrobacia mental do Adalberto da Costa Júnior (#ACJ) que denunciou a Covid-19 era um pretexto para impedir as manifestações de seu partido ao mesmo tempo que acusava o governo do MPLA de esconder o número real de mortos que seria muito mais elevado. Como uma epidemia pode ser falsa e grave ao mesmo tempo? Não sei, porem sei que com esta frase o ACJ consegue ao mesmo tempo agradar a OMS, ao falar da periculosidade da epidemia, e o publico oposicionista. Alem de demonstrar que o governo do MPLA esta em um empasse, porque muitas pessoas têm dúvidas quanto a necessidade das medidas da OMS, porem não tem a coragem de o dizer, e se reservam o direito de criticar duramente o governo por “negligencia” caso este não seguir as medidas da OMS. Um exemplo estrangeiro disto sendo a campanha que visa pinta o presidente Jair Bolsonaro de “genocida” responsável pela morte de um milhão de brasileiros na pandemia de covid-19. Um sintoma da decadência da inteligência moderna, em que as palavras perdem todo sentido, uma moda iniciada com a acusação de genocídio no actual #Congo RDC feita contra o Rei dos Belgas Leopoldo II.

 

Como reconhecer um surto de malária?

Um surto é o aumento de casos ou mortes de uma doença acima dos números dos anos anteriores. Se reverem os artigos de media relacionados a malária em Angola vai notar que todos os anos se fala em um aumento de casos de malária, uma espécie de epidemia permanente, o que é manifestamente impossível. Porem como é politicamente lucrativo divulgar notícias negativas sobre Angola para chocar a audiência, com imagens de morte e pobreza, ninguém se pergunta com esta impossibilidade acontece. O número total de casos de malária depende de 3 factores: O ambiente em que se reproduzem os mosquitos, a cultura das vítimas potencias (como usam meios de prevenção como mosquiteiros, etc), e o número de vítimas potenciais.

Os dois primeiros factores mudam pouco porque dependem do clima e da cultura das pessoas, coisas que dificilmente mudam, o terceiro facto, o número de vítimas potencias aumenta todos os anos com o crescimento da população Angolana. Sendo que antes de declarar que um aumento de casos seja um surto devemos ter a certeza que seja apenas a consequência do aumento população. Feito isto vemos que de 2016 a 2019 o número de casos de por 100.000 variava entre 38 a 59, sendo que o grande surto de que a ministra da saúde falava em 2020 com os 10.000 mortos até junho correspondia a uma taxa anual de 58 mortos por 100.000 habitantes. Basta dividir o número total de mortes pela população do pais para cada ano.

Infelizmente para 2021 não temos dados do número de mortos até ao momento a nível nacional, sendo que apenas temos artigos ou declarações alarmistas sobre “aumentos de casos” da forma mais emocional possível, como ao dizer “que morrem 30 pessoas por dia por malária”. Por isto não é possível saber se existe um surto ou não.

Claro que alguém poderia dizer que o aumento do número de mortos reflete a má condição dos hospitais e número insuficiente de hospitais para atender a população, sendo que não tenho objeções a primeira observação, porem para a segunda me parece absurda. Se um Angolano sabe que existe um número insuficiente de hospitais públicos para o atender de forma gratuita, pelo menos na optica do usuário porque alguém algures esta a pagar com impostos ao menos que seja financiado com a renda petrolífera, e sabe que não tem capacidade financeira ser atendido em um hospital privado, então porque traz ao mundo crianças para que morram por falta de cuidados médicos ?

Parte do número de mortes por doenças em Angola exprime esta irresponsabilidade das pessoas, sendo por isto que as vezes levam as crianças ao hospital publica já em fase terminal.

O secretario do Sindicato de Enfermeiros Angolanos pensava chocar a audiência quando “a malária mata mais que a COVID-19”, porem mesmo que a pior previsão da OMS de 10.000 mortos em Angola se materializasse, ainda assim teriam matada menos do que a media 18 a 20 mil de mortes anuais por malária em Angola.

As duas perguntas que não se colocam, por estarem relacionadas com os factos ao invés do interesse político das duas partes, MPLA e oposições, são:

Tendo em conta os custos que impõem as pessoas quando se compara ao número de casos e mortes, as medidas de confinamento são necessárias?

Se acharmos as medidas desnecessárias, poderias desobedecer as ordens da OMS?


Uma terceira pergunta: quantas pessoas que participaram nos protestos contra “brutalidade policial”, que foi um outro caso de histeria, e os outros protestos da oposição contraíram COVID-19? Porque seus participantes juravam serem heróis que “enfrentaram o perigo de vida” porque o “#racismo ou governo é piores que a covid-19”

Duvido que Angola vai sobreviver a este surto de histeria, porque não pode ser saudável para a mente procurar soluções que não funcionam para problemas que não existem diante de riscos imaginários.