Luanda - A última década tem sido marcada pela crise de solidariedade para com pessoas refugiadas e migrantes, com uma contínua falta de mecanismos que respondam às necessidades e direitos humanos destas pessoas.
Fonte: Club-k.net
Por isso, tornaram-se comuns as histórias sobre crianças separadas dos pais nos Estados Unidos da América, as centenas de pessoas que têm ficado à deriva às portas da Europa, a criminalização do trabalho de organizações que salvam a vida destas pessoas, a venda das mesmas como escravas na Líbia, ou a violência de que são alvo em centros de detenção e outros tantos abusos de migrantes e refugiados na Turquia.
Para alertar para esta realidade e promover a mudança, no seguimento do nosso trabalho pelos direitos humanos de migrantes e refugiados, lançámos há cerca de 4 anos o manifesto “Eu Acolho”, onde nos dirigimos aos nossos líderes políticos para os relembrar das suas obrigações legais, morais e humanitárias, propondo soluções diretas e assertivas, quer nos processos de reinstalação, quer no âmbito do programa europeu de recolocação.
Em vésperas de final do mandato da presidência portuguesa da União Europeia, e numa altura em que se discute um novo pacto de migrações para a Europa, continua a não existir uma resposta concertada nem soluções humanas para os refugiados e requerentes de asilo. Onde estão mecanismos condicentes com os compromissos que, esta mesma Europa, assumiu à luz do direito internacional e dos direitos humanos?
É agora o momento de entregarmos este manifesto!
No próximo dia 20, Dia Mundial do Refugiado, estaremos de volta à rua para relembrar que somos todos humanos e, juntos, podemos tornar mais humanas as políticas de migração europeias - é imperativo que assim seja. Faremos uma vigília em Lisboa que, no atual contexto, irá decorrer sem a presença física de ativistas. Contudo, online, queremos que o maior número possível de pessoas demonstre a sua solidariedade com quem apenas procura uma oportunidade para ser feliz e viver num local seguro
No anexo encontra toda a informação sobre como o pode agir e apelar, connosco, ao respeito e à defesa dos direitos humanos de refugiados. Partilhe também com todas as pessoas que conhece para que também possam agir.
Obrigado por apoiar a causa dos refugiados
José Marcos Mavungo
Activista dos Direitos Humanos/Human Rights Activist