Luanda - O embaixador de Angola na China, João Salvador dos Santos Neto, defendeu a flexibilização do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os países de Língua Portuguesa.

Fonte: JA

O diplomata angolano, que avançou a posição durante a reunião em que o Secretariado Permanente do Fórum Macau apresentou, aos embaixadores dos Estados membros, o projecto de Declaração Conjunta, a ser assinada na reunião ministerial prevista para Outubro, em Macau justificou a flexibilização do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento de modo a torná-lo operacional no interesse das economias dos países membros.


O Fundo de Cooperação e Desenvolvimento, disse, representa um factor de extrema importância para o aumento da capacidade produtiva nos países que constituem o Fórum Macau.


João Salvador dos Santos Neto defendeu, igualmente, a necessidade de o Fórum tornar mais concreto o apoio às questões de saúde pública e da economia em prol dos estados membros.


"Temos que aproximar mais as nossas intenções das realizações. Entendemos que as questões de saúde pública e da economia são extremamente importantes e o apoio para esses sectores deve ser feito de forma mais concreta”, sublinhou.


João Salvador dos Santos Neto destacou, ainda, que a reunião ministerial prevista para Outubro, em Macau, deve representar algo muito mais tangível e um salto qualitativo perante a actual conjuntura internacional, agravada pelo surgimento da pandemia do novo coronavírus.


O diplomata sugeriu também a reactivação da cooperação empresarial de forma mais inovadora, activa e concreta.


O embaixador de Angola na China defendeu também a promoção do aumento da capacidade institucional, sobretudo em termos de assessoria na concepção de projectos a serem submetidos ao Fundo de Cooperação e Desenvolvimento. "As nossas economias complementam-se, pelo que temos de interiorizar que essa cooperação é mutuamente vantajosa para todos os países que fazem parte do Fórum”, disse.


Além dos representantes dos países de expressão portuguesa, estiveram presentes na reunião, realizada em Beijing, responsáveis do Ministério do Comércio da China e da Administração da Região Especial de Macau, território chinês que domicilia o secretariado permanente do referido fórum.


O Fórum Macau é uma plataforma de cooperação económica criada em Outubro de 2003, por iniciativa do Governo da China, em coordenação com sete países de língua oficial portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste, com a colaboração da Administração da Região Especial de Macau.