Lisboa – A luta contra a corrupção dentro das instituições públicas soma e segue ao bom porto, tendo ainda certos indivíduos a persistirem na prática, duvidando dos resultados até agora alcançados pelos órgãos competentes.

*Evalina Ding's
Fonte: Club-k.net

Recentemente, um funcionário público identificado por Bem-Vindo Landa Bunga, que era colocado na área de graduação de multas no Departamento de Inspecção Geral do extinto Ministério do Comércio, foi visto a recolher um alegado “presente” junto a empresa Distribuidora de Mercadoria, Importação e Exportação, SARL, com o Nif: 5401123833, localizada no município de Belas, em Luanda.

 

A presença deste inspector no local despertou a curiosidade e chamou atenção de algumas fontes pelo facto deste fazer-se presente quase todos os finais do mês no mesmo local.

 

Landa Bunga era o responsável de busca de comissões junto dos diversos comerciantes da capital do país, a fim de repartir com os seus colaboradores, todos pertencentes aquela antiga direcção nacional.

 

Além da empresa acima citada, Bem-Vindo Landa Bunga é visto recorrentemente, a fazer cobranças ilegais as outras empresas, dentre as quais:

 

1. COLEMAN CHINEDU NWAFOR - AUTO HILCON, registada com o NIF: 5402165106;

2. LOGISLINK, LDA – registada com o NIF: 5417231711;

3. IMPORLUZ INSTALAÇÕES ESPECIAIS, LDA – registada com o NIF: 5417186643;

Todas elas têm sede em Luanda, e as duas últimas empresas estão localizadas no Presidente Business Center, no Porto de Luanda.

 

De acordo com as nossas fontes, o “modus operandis” é utilizado por um outro inspector identificado por Fernando José de Figueiredo. Este tem feito de forma contínua as cobranças em alguns armazéns, localizados no município de Cazenga, em Luanda, que são:

 

1. ZARA GENERAL TRADING, LIMITADA - registada com o 5401137796;

2. ANGO RAYAN GROUP INTERNATIONAL, LIMITADA - registada com o 5403040340;

3. Habtu Hanes Kass (HHK. Comercial) – registada com o Nif: 2403111031;

4. ANGOLATINO - LDA, - registada com o Nif: 5402143811;

 

Na longa lista dos inspectores que mensalmente ainda recebem as “propinas” junto dos operadores comerciais, constam a uma rede conotada a inspectora Teresa Benedito Contreira Catoco. As empresas são:

 

1. Daniel Grimazghi – Comércio Geral, Prestação de Serviços (SU), Lda - registada com o NIF: 50000125008;

2. HIEMEN INVESTIMENTOS - COMÉRCIO E INDÚSTRIA, LDA – registada com o NIF: 5484048630;

3. MIGHAEL H. TEKLEZGUI - Comércio Geral, Prestação de Serviços (SU) – registada com o Nif: 5000123927;

AINZOL COMÉRCIO E SERVIÇOS - registada com o NIF: 5000137717;

De recordar que, em Janeiro do corrente ano, o Serviço de Investigação Criminal – numa operação em conjunta com a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) – deteve em Luanda, três antigos inspectores do extinto Ministério do Comércio, nomeadamente, Maria António Diogo Luís, Marley Cláudio Mucanzo e António C. de Sousa Dias, por cometerem crimes de "extorsão" e "corrupção activa".

 

Os dois primeiros “extorsionistas” foram detidos em flagrante delito, quando efectuavam uma cobrança ilegal de 280 mil kwanzas ao gerente de um estabelecimento de venda a grosso de medicamentos denominado “Lua Comércio Geral Limitada”, localizado na rua Farmacia, no bairro Calemba 2, no município de Kilamba Kiaxi.

 

Já o terceiro terá sido, de igual modo, flagrado pelos efectivos da Inspecção Geral da Administração do Estado quando conferia os valores (da extorsão) entregue por um operador comercial, Alexandre André, da empresa “Matilde e Filhos, Limitada”.