Ondjiva, - O Inspector-geral adjunto da Autoridade Nacional de Inspecção e Segurança Alimentar (ANIESA), Domingos Mucumbi, afirmou hoje, quinta-feira, em Ondjiva que o elevado preço dos principais produtos da cesta básica no Cunene, deriva da pouca oferta em termos de fornecedores e distribuidores.

Fonte: Angop

Falando à margem de um encontro com os operadores económicos da região, Domingos Mucumbi disse que das visitas realizadas às superfícies comerciais, foi possível constatar a existência de poucos fornecedores o que se repercute nos preços praticados.

“Na verdade há preços elevados dos produtos de primeira necessidade, cuja realidade está ligada com a oferta que precisa ser acrescida, de modo a criar um certo alívio naquilo que é a cadeia de comércio”.

Disse que grande parte dos agentes económicos recorre aos mercados das províncias da Huíla e Benguela, para aquisição de produtos.

Actualmente, prosseguiu, o mercado do Cunene, por exemplo, conta com um único fornecedor de farinha de trigo, onde os vários panificadores são obrigados a recorrer para adquirir a matéria-prima o que eleva o custo de pão.

Para estabilizar ou reduzir o preço dos bens alimentares da cesta básica na região, sublinhou que o gabinete para o Desenvolvimento Económico Integral da província traçou um plano que em coordenação com os operadores, no sentido de criar ramificações de distribuição.

Na sua opinião, o aumento do nível da cadeia de distribuição vai elevar a oferta e por consequente reduzir os preços que, infelizmente, continuam a subir quase todos os dias.

Domingos Mucumbi referiu que o encontro visou abordar aspectos pedagógicos de âmbito inspectivo de cumprimento das normas que regem a actividade, assim como passar informações metodológicas, operativas e estruturais da ANIESA.

Preços da cesta básica

A realidade do mercado local mostra que os produtos mais procurados pelos consumidores são os que também sofrem o aumento de preços, como é o caso do açúcar, arroz, óleo vegetal, massa alimentar, farinha de trigo e sabão.

Numa ronda feita pela ANGOP, em alguns armazéns e mercados informais da região indicam que o saco de açúcar de 50 quilogramas está ser comercializado a 24 mil e 500 kwanzas, enquanto o de arroz varia entre 14,300 a 16 mil kwanzas.

Os sacos de 25 quilogramas de feijão custa 30 mil kwanzas, farinha de milho 11 mil, farinha trigo 13 mil, a caixa de sabão 22 mil, óleo 15 a 18 mil, caixa de massa alimentar cinco mil, 10 kilogramas de batata rena a sete mil 500 e de cebola a cinco mil kwanzas.

Na cadeia de fresco, a caixa de peixe Carapau varia entre 30 a 27 mil kwanzas dependendo do tamanho, Arrancador 27 mil, Sardinha e Tico Tico 19 mil e 500, espada oito mil e 500, costeleta de porco 25 mil, coxa de frango 12 mil e de moela de galinha 14 mil.

Criada através do Decreto Presidencial nª267/20, de 16 de Outubro, a ANIESA é o órgão encarregue da inspecção das actividades económicas.

Resulta da unificação dos serviços afins anteriormente desenvolvidos pelos sectores da Industria, Comércio, Turismo, Ambiente, Transportes, Saúde, Agricultura e Pescas.