Uíge - Angola registou na quinta-feira, novos confrontos entre as forças da ordem e manifestantes, durante uma marcha de professores do ensino geral na cidade do Uije, no norte do país.

Fonte: RFI

Segundo os organizadores,um grupo de professores que protagonizou uma manifestação para exigir o pagamento de subsídios de exames e férias em atraso, foi violentamente reprimido pela polícia que fez seis detenções, segundo os organizadores.

 

De acordo com fontes locais,os professores inicialmente detidos e a seguir libertados, afirmaram terem sido torturados pelas forças da ordem.

 

O Sindicato Nacional de Professores condenou o uso da força policial contra os manifestantes, em luta pelos seus direitos laborais.

 

Os professores que não recebem os seus subsídios de férias desde 2019 expressaram a sua insatisfação perante a indiferença da delegação provincial da Educação do Uíge e da postura do secretariado do SINPROF, sindicato nacional dos professores, que recusou participar na manifestação do 1 de Julho.

 

Segundo Amândio Simão, secretário do Sindicato Nacional dos Professores no Uíge, a organização declinou a sua participação na manifestação por não se identificar com o modo reivindicativo.

 

A Unita, maior partido da oposição, submeteu para discussão na Assembleia Nacional, um projecto de lei sobre reunião e manifestação de cidadãos, para regular estes direitos fundamentais, frequentemente violados pelas forças de segurança, e clarificar os procedimentos dos manifestantes.