Lisboa – O Ministro das Relações Exteriores, Téte António, está a ser referenciado como “fortemente agastado” com a diretora de recursos humanos da instituição, Elsa António Roque Caposso Vicente, depois de receber reclamações de irregularidades cometidas por está responsável, acrescidas por outros actos desatenção. São conhecidos comentários do mesmo em privado denotando clima de desautorização.   

Fonte: Club-k.net

A irritação por parte do governante é baseada em registros de factos que desalinham com as políticas de continuidade cuja desarticulação refletida nas medidas da nova diretora, estariam a comprometer metas estabelecidas pelo mesmo logo após a sua tomada de posse em Abril de 2020, comprometendo a imagem e transparência da instituição.

 

Segundo apurou o Club-K, a responsável dos recursos humanos é notada como tendo posto fim ao concurso público de acesso na carreira diplomática, aberto pelo MIREX em 2019, gerando constrangimentos e irregularidades nas nomeações. Ao dar descontinuidade desta ferramenta de transparência para ocupação das vagas de rotação nas Missões Diplomáticas, foi observado que funcionários que já estavam na reforma voltaram a ser nomeados.

 

Caposso Vicente congelou também os resultados da comissão criada para rever as categorias dos funcionários. De acordo com registro, há funcionários no MIREX que não são promovidos há mais de 10 anos precipitando comparações com os colegas da assessoria diplomática da PR que são promovidos com regularidade, em dois em dois anos.


No decorrer de um quadro descrito como o de ausência de recursos financeiros no ministério, surgiram também reclamações de que a diretora do RH, estaria a favorecer para nomeações nomes de pessoas alheias a instituição ou outros com laços de familiaridade com a sua rede de amizade. O caso mais emblemático foi o atendimento, de pedido do embaixador de Angola nos Emirados Árabes Unidos, Albino Malungo, para nomeação de uma jovem do Ministério da Geologia e Minas para exercer funções de adida administrativa.

 

Ainda no exercício das suas funções como responsável dos recursos humanos, Elsa Caposso Vicente é referenciada como tendo cometido erros de desatenção como é o caso de uma funcionaria do consulado em Lisboa, Lukenia Tomasia Casimiro que foi exonerada duas vezes do mesmo cargo que de escrituraria que exercia desde 2016. Exonerou-a em meados de 2020, e voltou a exonera-la, em menos de um ano,  como se verifica no circular 50/DRH/MIREX/2021 de 14 de Junho. Uma segunda falha de  desatenção foi a nomeação de uma adida financeira para a Embaixada de Angola em Tel Aviv, Israel quanto que nesta missão já existe uma financeira. Com isto aquela embaixada passou a ter oficialmente   duas figuras com o cargo de adido  financeiro.


As falhas ou erros atribuídos a Elsa António Roque Caposso Vicente, e que tem irritado o ministro, são justificadas pela sua inexperiência da mesma em questões de gestão humana. Licenciada em Ciência de Computação, Caposso Vicente é quadro do ministério das telecomunicações de que foi consultora tendo se transferido para o MIREX, ao tempo do Ministro George Chicoty para chefiar a Direcção de Telecomunicações e Tecnologias de Informação. Em 2020, o ministro Téte António decidiu testa-la como directora dos recursos humanos.

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