Luanda - 1. O SANEAMENTO BÁSICO É A PRIORIDADE. Em Angola, o grande mal continua a ser ganância de alguns governantes, que os deixa cegos. Já nem menciono vaidade exarcebada”.


Fonte: Club-k.net

O metro de superfície não é uma prioridade para Luanda, face ao saneamento básico. Por outro lado, esse meio de transporte público não vai resolver o problema da mobilidade na capital. Luanda precisa é de uma rede de estradas funcionais. É necessário que haja estradas principais a funcionar devidamente, ou seja, a funcionar na sua plenitude.


Consoante as análises casuísticas, teremos de construir viadutos subterrâneos e superiores que permitam a fluidez do trânsito. Com efeito, Luanda precisa de estradas secundárias e terciárias, de modo a que os automobilistas tenham alternativas a estradas principais. A título de exemplo, a construção de estradas acessórias à Via Expressa Comandante Fidel de Castro, seria uma alternativa de grande relevância a essa via pública. Seria uma estrada de grande uso para quem quisesse aceder aos imóveis localizados ao longo da avenida e para aqueles cujo destino fosse os bairros e ruas adjacentes, nomeadamente Zona Verde e Sossego. Conquanto algumas instituições e empresas tenham obras que facilitem o seu acesso, bem com a criação de parques de estacionamento privados, ainda é possível a construção de duas estradas longas paralelas às duas estradas da Via Expressa, com duas faixas de rodagem e acessos aos imóveis construídos ao longo dessa avenida. Depende da visão dos governantes, pois a ideia é exequível.


Sem dúvida, com o funcionamento das estradas secundárias e terciárias, as estradas principais, geralmente, serão usadas nos casos inevitáveis. O problema é que o Executivo evita gastar dinheiro, facto que impossibilita a construção de estradas de boa qualidade. Por exemplo, o Executivo evita gastar grandes somas com indemnização aos proprietários cujos imóveis devem ser demolidos. Lamentavelmente, prefere construir estradas estreitas e com passeios de largura curta. Em consequência, os condutores de viaturas mais compridas ficam com dificuldade de as aceder, sobretudo nos cruzamentos. É frequente as rodas dessas viaturas passarem sobre os lancis e, em alguns, sobre parte dos passeios, evitando-se, assim, colisões com outras viaturas. Nos passeios estreitos, amiúde ocorre encontrões entre transeuntes. Essas situações fazem com que alguns transeuntes preferiram caminhar nas estradas a usarem os passeios. Mas que realidade desagradável de Luanda! Parece praga dos, então zairenses. Os angolanos falavam tão mal deles. Este aparte serve apenas de reflexão sobre a realidade de Luanda.


Quanto à qualidade das estradas, não dou avaliação positiva aos governantes que aprovaram a estrutura das estradas que atravessam os condomínios do BPC, dos Jornalistas, condomínio Austin e o condomínio do Jardim de Rosas, devido a manifesta miopia. É difícil fazer ultrapassagem naquelas estradas. Deus nos acuda, se houver avaria de um caminhão! Como é possível terem permitido a construção de estrada tão estreitas numa área vasta e de construção de raiz?!


Do ponto de vista urbano, as áreas do sul de Luanda foram maioritariamente mal projectada. Seria muito melhor, se fossem construídas em quadras, o que daria origem à construção de estradas principais e secundárias, sem que os automobilistas fossem obrigados a usar determinadas estradas no percurso de casa ao serviço e vice-versa. Caros leitores, tomem em atenção o seguinte pensamento: “Eu tenho a certeza de que aquele burro de merda vai passar por esta estrada. Vou estacionar aqui a minha viatura. Quando o vir passar, vou segui-lo. Hoje, eu apanho!”.
Para se evitar a dependência de algumas estradas teremos de partir muitas casas para construirmos outras de melhor que garantam melhor circulação.


É importante dizer aos governantes angolanos que Luanda vai crescer ainda mais, quer do ponto de vista demográfico, no que toca à construção de imóveis para habitação e para actividades comerciais. Se não houver um bom planeamento de Luanda, um dia, seremos forçados a construir túneis para se aceder a outros pontos, o que será mais dispendioso em termos de recursos financeiros.


Como disse acima, Luanda precisa de resolver o problema do saneamento básico, nomeadamente construir uma rede de escoamento das águas pluviais e residuais e a implantação, no solo, de redes de distribuição de água, cabos elétricos e cabos de fibra óptica para instalação de câmeras de vigilância. nas vias públicas em diversos locais, máxime nos de grande concentração de pessoas e os grande circulação rodoviária. Estas são as prioridades.


As chuvas não podem se uma grande preocupação da população. É inaceitável o facto de muitos habitantes perderem os seus bens, devido às inundações causas por deficiências no escoamento das águas. A destruição de documentos e de bens, como electrodomésticos, tem gerado grandes prejuízos às populações, que já vivem em grandes dificuldades. Quando chove, em Luanda, muitos governantes ???? dormem descansadamente. Se calhar alguns aproveitam o clima gerado pela chuva fazer amor, enquanto a água bate carinhosamente as suas janelas. Nada contra essa intimidade conjugal. Pelo contrário, é salutar. Contudo, a maior parte dos habitantes não dorme. Assiste à chuva a cair com violência. Passa a noite, protegendo os seus bens. Quando chove de dia, os que se encontram distantes das suas casas, ficam muito apreensivos com os membros das respectivas famílias e com os seus bens, alguns dos quais adquiridos através de “Kixikilas”. É grande desgraça!

É por isso, um dos meus poemas tem como título “Chuva Destruidora”. Os diferentes governadores, quando são nomeadas fazem visitas de circunstâncias, acompanhados de equipas que já sabem do problema.
“- Vamos passear com o/a novo/a Governador/a?!
- Vamos!”.


É importante dizer que o grau de absentismo nos postos de trabalho e nos estabelecimentos de ensino, devido à chuva não pode continuar a ser elevado, visto que tem repercussões negativas na nossa economia. Tudo isso ocorre por faltava de saneamento básico, em alguns casos, e por deficiência no escoamento das águas, noutros casos.


Do exposto, não faz sentido termos metro de superfície sem termos resolvido esses problemas que geram constrangimentos aos luandinos (apenas os residentes em Luanda). Sempre que chove em Luanda, as águas que percorrem longas e longas distâncias, à grande velocidade, transportam lixo, areias e materiais ferrosos que, certamente, comprometerão a circulação normal do metro de superfície. Isso é óbvio! No entanto, os nossos governantes preferem fingir que não sabem disso. Nos países em que há metros de superfície, nomeadamente Holanda (em Amsterdam) e Portugal (no Porto) não têm os problemas que há em Luanda. Se os holandeses, português e alemães tivessem os problemas que Luanda tem, certamente, os seus governos e as suas populações não investiriam na construção de um metro de superfície sem terem resolvido as questões de saneamento básico. Salvo as devidas excepções, os governantes e ps povos africanos, muitas vezes, preferem fazer a casa, começando pelo texto.

Gostava de dizer aos governantes angolanos que se deve dar prioridade ao que é essencial e deixar para segundo plano o seja acessório.


2. MOBILIDADE EM LUANDA
Quanto à mobilidade, Luanda precisa de uma rede funcional de transportes públicos rodoviários. Temos de construir dez ou quinze estações de autocarros [au.tô.ka.Rus], de modo a permitirem a ligação com outros pontos da província. Destarte, a população poderá aceder a locais mais longínquos, fazendo apenas conexões com outros autocarros. Por honestidade intelectual, devo dizer que esta ideia não é minha. É uma imitação do sistema de transportes públicos do Estado de São Paulo, no Brasil, cuja realidade, em muitos aspectos, se assemelha a da província de Luanda. Simultânea ou ulteriormente, a mobilidade será melhorada com a entrada em circulação de transporte marítimos do norte ao centro e vice-versa e do do sul ao centro e vice-versa; e com a circulação de transportes fluviais, no Município da Kissama (prefiro escrever com K). Esses transportes poderão ser públicos e/ou privados. Até poderá haver aposta na prestação de serviços de transportes aquáticos, tais como, táxis marítimos, que, certamente, servirão o turismo na capital.


Deixo uns pergunta reflexiva ao Semhor Ministro dos Transportes: “Como é um indivíduo que resida nos confins do Zango, faz para chegar ao Farol da Ilha do Cabo, se tiver uma oportunidade de emprego nun dos restaurantes desse ponto de Luanda? Como é que esse indivíduo fará o percurso diário de casa ao trabalho e vice-versa? Ou terá de recusar a oferta de trabalho, com o argumento de que reside muito distante da Ilha de Luanda?


O metro de superfície será importante para a mobilidade, devido à sua velocidade. É boa uma má intenção. Todavia, não é oportuna. Entretanto, aproveito o ensejo para dizer que, se se decidir pela contribuição da construção do metro de superfície, será necessária a construção de estações de autocarros e de táxis convencionais, em algumas paragens, que permitirá a conexão com outras localidades.


Senhores Governantes;
Caros compatriotas;
Estimados estrangeiros residentes em Luanda;
Eu penso imenso em Luanda e nos seus problemas. Amo esta província. Ela viu-me nascer e crescer. Por isso, o meu amor a ela é natural, especial e inquestionável. De qualquer modo, mesmo que não tivesse nascido em Luanda e sendo residente em Luanda (luandino) e por Luanda ser a capital do meu País cuidaria bem dela. É o que peço a todos os residentes. Luanda é e deve ser de todos os angolanos e de todos os estrangeiros residentes. Por favor, sintam-se com se fossem luandenses. Porventura, Luanda seja a terra natal dos seus descendentes.

 

É importante dizer que já viajei a um número considerável de países europeus e americanos. Colhi muitas experiências positivas. Além disso, acompanho diariamente a evolução da Europa, através dos canais de televisão do velho continente. Portanto, a minha consciência de cidadania do mundo é elevada. Perdoem-se pensarem que estou a ser imodesto! A minha visão sobre Angola e a sua capital é de grande amplitude. Sonho com uma Luanda desenvolvida e bem organizada. Estou aqui para ajudar o Executivo no estiver dentro das minhas capacidades intelectuais. Jamais desejo ser um indivíduo “todo o terreno”, apenas pensando em tachos.


Aos mentores do metro de superfície, reitero a ideia de que o metro superfície não é um prioridade para Luanda, nem para qualquer cidade de Angola. Infelizmente, neste País, é comum os governantes ignorarem as exortações dos cidadãos e os pareceres de associações profissionais. Dona Filomena, os governantes não nos querem ouvir! O que fazemos?


Senhores governantes (familiares, amigos, conhecidos e correligionários), não é tão importante o pensamento e, a eventual gabarolice, com base nas quais se diz “Fui eu quem planeou ou mandou construir isto ou aquilo”. Todos os intervenientes na construção de uma obra são relevantes. Todos são dignos dos louros da construção da obra - os mentores do projecto; os que a aprovem; os que façam alterações positivas ao projecto; os que a financiem; os que construam; e os que a fiscalizem. Portanto, quando uma única pessoa se gaba de ter feito ou ter mandado fazer uma determinada obra obra é porque não tem noção da importância dos demais intervenientes. A esse propósito, digo que o Presidente José Eduardo dos Santos que mandou construir rapidamente o “Monumento do Soldado Desconhecido”, para o inaugurar, num período do seu mandato em que já não devia praticar aqueles actos, se tivesse noção disso, com certeza obra seria mais bem analisada. Talvez se aproveitasse o subsolo para a construção de um parque de estacionamento com dois ou três pisos. A obra podia ser inaugurada Presidente João Lourenço. Entretanto, quando o Aeroporto Internacional de Belas for inaugurado, quem o inaugurar ficará mal na fotografia, se não fizer referência ao Presidente José Eduardo dos Santos e ao Executivo de então. Como disse, todos os intervenientes são importantes. Assim, ninguém deve ser excluído.


Portanto, senhores mentores desse projecto, não tenham pressa de o materializar. Resolvam primeiro o que é prioritário. De qualquer modo, felicito-os por terem gizado um projecto ambicioso. Apenas pecar pela sua inoportunidade.


Senhores governantes, Angola precisa de melhor a qualidade das suas estradas, quer em termos de boa qualidade dos projectos, quer no toca à durabilidade das obras. Se o Executivo não gastasse tanto com a constante reparação de muitas estradas, certamente haveria recursos para a construção de estradas secundárias e terciárias e os seus passeios adjacentes. Em Angola, o grande mal continua a ser ganância de alguns governantes, que os deixa cegos. Já nem menciono a vaidade exarcebada.


Seria muito bom, se os nossos governantes, tivessem consciência de que estamos nos séculos XX, o século da pós-modernidade. Já estamos quase a terminar o seu primeiro quartel. Portanto, temos de pensar numa capital moderna. Gostava que se reservasse espaços para a construção de ciclovias. As ciclovias são redes públicas de mobilidade vocacionadas para a circulação de bicicletas, como o fito de se garantir mais segurança aos utentes desse meio de transporte, que facilita a deslocação e permite o exercício de actividades físicas. Contudo, ao que parece, elas estão distantes da visão de quem governa. Para não dizerem que estou exigir “demais”, exijo apenas a construção estradas de qualidade, dentro dos padrões internacionais.


Senhores governantes, não sou uma pessoa de fazer críticas gratuita [gra.’tu.i.tas] a quem quer que seja. Aliás, sempre que apresento críticas, exponho propostas exequíveis. Também é importante que saibam que não sou capaz de bajular quem quer que seja. Gostava que todos compreendessem está minha maneira de ser. Já tenho 53 anos! Jamais vou mudar! Vou morrer assim!


Deixo a seguinte pergunta: Há alguém que vai receber ou tem expectativa de obter comissões com a construção do metro de superfície?Como angolano que sou vou usar uma frase que os meus compatriotas entendem: “Não faz sentido ser fininho na visão, mas ser caenche no trungungo”. Traduzindo aos meus inúmeros leitores espalhados no mundo lusófono, a frase quer dizer “Não faz sentido ter pouca visão, mas ter tantão ganância”.


Senhores Governantes, se o quiseres contem com a minha ajuda. Estou disposto e disponível para os ajudar, transmitindo-lhes ideias positivas.