Lisboa – O  antigo chefe da secreta militar, general Antônio José Maria, manifestou-se aborrecido devido a uma “fakesnews”, posta a circular nas Redes Sociais, na manha desta sexta-feira, que dava conta do seu alegado falecimento por doença em Luanda.

Fonte: Club-k.net


A posição foi manifestada pelo mesmo quando em contacto telefônico com o director do Novo Jornal, Armindo Laureano “acabei agora de falar ao telemóvel com o general Zé Maria e depois com a esposa. Ele está vivo e animado. O casal esta aborrecido e incomodado com esta fake News que circula em grupos de Whatsap e em sites”.

 

O general reformado,  que este ano completa 80 anos de idade, se  encontra em prisão domiciliar aguardando pela recurso a volta da condenação, de  três anos de prisão efectiva, pelos crimes de extravio de documentos militares com caracter confidencial. 

 

Zé Maria convidou  inclusivé, o director do Novo Jornal   para se deslocar à sua residência  para juntos fazerem uma fotografia no quintal,  que o Club-K reproduz em anexo. 

 

Ao tempo do regime de José Eduardo dos Santos, o general Zé Maria era a entidade que convencia o antigo Presidente a não sair do poder. Amedrontava-lhe dizendo que opositores internos planeavam dar-lhe sucessivos golpes de Estado. Em 2005, junto com o general “Kopelipa” engendraram a prisão contra antigos directores do SIE atribuindo-lhes um fabricado crime de insubordinação militar.


O mais  notório excesso de Zé Maria, reportado pelo Club-K,  aconteceu em Junho de 2015, quando mobilizou o SIC para prender 15 jovens em Luanda que estavam a ler um livro sobre ditadura. O mesmo forjou uma falsa acusação de que os jovens queriam dar um golpe de Estado e assassinar o ex- Chefe de Estado. Para a fabricação desta acusação, o general contou com o apoio do antigo PGR, João Maria de Sousa e um Vice-PGR, Luciano Chaca causando sofrimento as famílias dos detidos.


Osvaldo Caholo, que fazia parte do grupo de jovens acusados de dar golpe de Estado, escreveu recentemente o episódio em que esteve perto de ser executado pelo SIC, a mando de Zé Maria, quando foi raptado, em casa, pelos agentes da instituição liderada pelo comandante Eugénio Alexandre. Já, em 2012, o SIC, e o SISM na pessoal do general Filomeno Peres "Filó", assassinaram, em Luanda, dois activistas, Isaías Cassule e Alves Kamulingue.