Luanda – A ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, lançou hoje, segunda-feira, um desafio as mulheres jornalistas, em particular, no sentido de melhorarem o sector ajudando a identificar os problemas, a eliminar os estereótipos.

 
Fonte: Angop

A governante fez esse desafio, durante o encontro de confraternização que teve com as mulheres jornalistas de todos órgãos de Comunicação Social, em alusão ao 8 de Março, dia Internacional da Mulher.

 

Para a ministra, as mulheres podem e devem falar de todas as matérias a nível da Comunicação Social, contrariando as teses que advogam  que as jornalistas só devem tratar questões relacionadas com sociedade,  violência e da  família.

 

 “Quero ver mais mulheres a falarem de política, a serem comentaristas de política, de desporto, de economia, neste tempo de mudanças importantes na nova Angola”, frisou.

 

Solicitou um número maior de mulheres a dignificar os angolanos e a falar para as populações, sobretudo aquelas que vivem nas zonas mais recônditas, para as quais a modernidade, a informação é dada através dos meios de Comunicação Social quando chegam a essas terras.

 

Apelou para que, estas sejam perspicazes no seu trabalho, persistentes no combate à violência contra a mulher, as práticas sociais que humilham e atentam contra a sua dignidade.

 

Durante a sua alocução, Carolina Cerqueira chamou a atenção das mulheres para que estas tenham um papel fundamental e importante na defesa da unidade nacional, da integridade e dignidade dos angolanos.

 

“Gostaria que através das vossas canetas e penas, das câmara que manipulam, dos microfones que seguram, da vossa voz
maravilhosa e com todas as habilidades e capacidades que vocês têm, mulheres, que sejam umas combatentes incansáveis para que a cultura da transparência, do rigor seja efectivamente desenvolvida a nível da Comunicação Social”, referiu.

 

Desejou, que as presentes, cultivassem um espírito de participação, inclusão, e sobretudo cidadania nas populações e que soubessem acarinhar os angolanos na sua actividade diária, desde o mais importante ao mais humilde, para que se construa uma nova Angola.

 

Solicitou as mulheres jornalistas que façam da solidariedade a sua arma na sua actividade, que haja auto-estima e a cooperação entre todas para que se possa fazer uma comunicação social melhor, mais dignificante para classe, que responda as exigências do
dia-a-dia.

 

Pediu, ainda, que se eliminassem barreiras e se enfrente esse desafio de transformar a Comunicação Social num importante parceiro para o exercício da cidadania e para efectivamente melhorar a vida de todos os angolanos.

 

Por outro lado, disse que o seu pelouro está preocupado com muitas situações no mundo, em particular com a onda de xenofobismo que afecta a República da Nigéria, pois os conflitos religiosos que se estão a desencadear naquele país estão a perturbar a paz social e a prejudicar as mulheres e as crianças que são as principais vítimas.

 

Exortou as mulheres jornalistas a serem promotoras da unidade para preservar a paz, no estreitamento de laços de amizade com a sociedade civil e para em conjunto fazer uma comunicação social mais moderna, mais actuante e mais forte.

 

As Nações Unidas, em homenagem as mulheres e ao movimento de mulheres, de todo o mundo, proclamou o 8 de Março sob o lema “Direitos iguais, oportunidades iguais, progresso para todos”.