Lisboa - Dois altos responsáveis do Porto de Luanda são citados num “assessement” que o Club-K teve acesso como suspeitas de praticarem actos de conflitos de interesses consubstanciado na inserção de empresas a si conotadas para prestação de serviços no terminal multiuso do Porto de Luanda, que no passado era controlado pela Soporto, do general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”.

Fonte: Club-k.net

Com base num concurso público realizado pelas autoridades angolanas, a gestão do terminal multiuso do Porto de Luanda passou desde o início do ano para a empresa de logística multinacional de portos dos Emirados, Dubai Ports World (DP World). Por seu turno, logo após a sua entrada a DP World realizou um concurso público de prestação serviços de limpeza e higiene para o terminal multiuso que até então os serviços desta natureza eram prestados pela empresa RADICAL IMOVEIS.

 

No passado dia 27 de Maio, a direção da DP World, por intermedio do seu CEO Francisco Pinzón,  comunicou a RADICAL IMOVEIS que com base nos critérios técnicos e financeiros do concurso público apurou-se como vencedora uma nova empresa, e que com isso perde efeito um acordo verbal de prestação celebrado em Março do corrente ano. A DP World deu um prazo de 30 dias para que a RADICAL IMOVEIS removesse todos os seus meios e soluções técnicas do referido terminal.

 

O assunto em causa está a provocar interpretações disparas ao nível do Porto de Luanda, visto que a RADICAL IMOVEIS que acaba de ser afastada pertence a Casimiro Coelho, actual inspector da área comercial do Porto de Luanda. Para além de Casimro Coelho é também sócia desta empresa a sua esposa Zulmira Sabino Antônio Muginga.

 

A nova empresa admitida, é a LUA JARDIM, LDA pertencente a Manuela da Silva Cardoso e ao esposo Mario Rui Cardoso Duarte. Manuela Cardoso é identificada como sendo prima do administrador técnico do Porto de Luanda Willy Guimarães, próximo ao ministro dos transportes Ricardo de Abreu.

 

Na sequencia de uma mal estar existente, fontes do Club-K, alegam que o administrador Willy Guimarães está a ser acusado por adversários internos de ter persuadido a actual gestão do terminal multiuso do Porto para retirada da RADICAL IMOVEIS, do seu colega colocando uma empresa dos seus familiares.

 

As acusações contra Willy Guimarães são acompanhadas de suspeitas segundo as quais para além do mesmo poderão estar por detrás disso, o Director do Gabinete jurídico do ministério dos transportes, João Fernandes, a jurista Aurora dos Santos, e o PCA em exercício da UNICARGAS Joaquim Piedade .


De acordo com apurações, os trabalhadores do terminal multiuso queixam-se de que a empresa Lua Jardim Lda, ligada aos familiares de Willy Guimarães, não tem nenhum equipamento de limpeza e tão pouco material de higiene para o efeito. “Por esse motivo o terminal está cada vez mais sujo e carecendo de limpeza profundo”, confidenciou uma fonte.