Lisboa – As autoridades estão a ser acusadas de terem endurecido as medidas contra o antigo ministro dos transportes Augusto da Silva Tomás, ao ponto de provocarem a paralização do tratamento de reabilitação pulmonar devido as sequelas da infeção do Covid-19.

Fonte: Club-k.net

Tomás que se encontra a cumprir uma sentença de 14 anos, na cadeia prisão de São Paulo de Luanda, recebeu autorização de sair para participar no velório da sua malograda mãe em Setembro passado, onde se suspeita que tenha tido contacto com casos suspeitos e contraído o vírus da Covid-19. Por conta da contaminação, ficou internado na clínica Girassol (km 27) para poder se tratado. Ao receber alta, foi autorizado a ficar em prisão domiciliar para cumprimento do programa do pós-covid, visto que ficou com 75% dos pulmões comprometidos.

 

De acordo com apurações o programa da sua reabilitação pulmonar comprometido interrompido por falta de condições na prisão, onde regressou no passado dia 17 de Julho. O programa engloba os exercícios físicos e respiratórios, fisioterapia permanente com radiograma, mecanoterapia, cinesioterapia, psicoterapia, massoterapia e reabilitação pulmonar. Ao Club-K, fontes familiares explicaram que o tratamento tem esta complexidade visto que os pulmões são um órgão que leva anos a se regenerarem.

 

A descontinuidade do tratamento médico está a ser elemento de preocupação por parte dos seus familiares devido ao antecedente de um outro arguido do mesmo processo, Manuel Antônio Paulo que faleceu em virtude de não ter sido autorizado a deslocar-se ao exterior para efectuar a revisão do aparelho que o auxiliava no coração.

 

Os contornos do julgamento de Augusto Tomás tem sido objeto de reparos devido a situações estranhas. Uma Juíza conselheira do Tribunal Constitucional Maria da Conceição Sango, considerou na sua fundamentação (acordão 663/2021) que “o Tribunal Supremo, violou o imperativo legal supra mencionado, ao ter vedado a possibilidade dos juízes que compunham aquele plenário, de estudar o processo. Tratando-se de um processo volumoso, contendo mais de 28 volumes, era humanamente impossível que se estudasse o mesmo nas condições importas, conforme ocorreu naquela instancia”

 

No mês passado o Tribunal Supremo emitiu um mandato de captura contra Tomas, quando o mesmo observava – entre Outubro de 2020 e Julho de 2021 - prisão domiciliar provisória, autorizado pelo mesmo Tribunal, conforme avançou o Jornal "Isto é Notícia!". Já o semanário OCRIME, destacou na sua capa seguinte titulo “Augusto Tomás volta à cadeia: O preso especial do Presidente” retratando as vicissitude que esta a enfrentar.