Lisboa – O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior e o seu antecessor Isaías Samakuva, estiveram juntos no passado final de semana, em Luanda, para uma abordagem que  centrou-se na preocupação generalizada, de  os tribunais estarem  a ser  usados  pelo regime para  derrubar  lideranças nos partidos  da oposição.

Fonte: Club-k.net

USO DE TRIBUNAL PARA FINS POLITICOS PREOCUPA DIRIGENTES

De acordo com apurações, o  pensamento identificado na posição  das duas figuras políticas, é reflectido na retorica segundo a qual o MPLA observa um momento  de tensões internas, assinalados com clamores de exigência de um próximo congresso com múltiplas candidaturas, porém para desanuviar estas mesmas tensões, procura desviar as atenções da opinião pública, fazendo crer que quem tem problemas de facções, é a UNITA.

 

Estas observações surgiram depois de um Procurador, Celestino Paulo Benguela, ter sido escolhido para produzir uma acusação junto do Tribunal Constitucional visando a destituição de Adalberto Costa Júnior da Presidência da UNITA, e de seguida escolher um outro Presidente para este partido.

 


O objetivo do regime, segundo a visão partilhada, é agitar as águas na UNITA para haver pressão no sentido de colocar Isaías Samakuva ou Alcides Sakala, a fazerem pronunciamentos públicos que seriam depois aproveitados pelo regime como evidencia da existência de facções. A decisão tomada foi a de não alimentar a estratégia de divisão que o regime procura transportar para o “Galo Negro”.

 


Na passada segunda-feira, o general na reforma Abílio Kamalata Numa que foi o terceiro candidato mais votado ao último congresso da UNITA, avisou que não iria aceitar que seja o regime a escolher para o seu partido candidatos ou cancelamento do congresso. “O saudoso Raul Danda, ausente materialmente, o Sakala e eu não aceitaremos nunca está mentira. Nunca daremos ao MPLA o gostinho da baderna que mais uma vez procura a razão de colocar tanks, aviões de guerra, contra o povo”.

 

“Para Angola o MPLA já foi derrotado em 1991, com o fim da República Popular e instauração do Estado Democrático de Direito que impõe o sufrágio universal. Agora, é hora do povo terminar com esta missão nas urnas com os votos contados nas Assembleias de voto, nos Municípios em 2022”, escreveu o também secretario para os assuntos dos veteranos de guerra da UNITA.