Namibe - Falando sério, eu até nem quis me debruçar sobre isso. Fuí um mero telespectador e leitor durante algum tempo. Mas vamos ainda reflectir no seguinte:

Fonte: Club-k.net

1° Mas os nossos mais altos dirigentes do Ministério da Educação não sabem que o ano lectivo 2020/2021 foi um ano atípico?

 

2° Eles têm mesmo a noção de que, os resultados académicos obtidos nesse ano lectivo não reflectem o 100% do rigor de avaliação aplicado pelos professores e pelas direcções da escolas?

 

3° Têm a noção que muitas das vezes o coração falou mais alto que a razão no momento das avaliações aos estudantes por causa da Pandemia?

 

4° Têm a noção que os estudantes não fizeram a prova do professor do 3° trimestre e foram logo para as provas finais?

 

5° Têm a noção das reais consequências provocadas aos estudantes pelas sucessivas alterações do calendário das provas?

 

6° Assim acham mesmo que os números que chegou até vós reflectem o estado actual e real do verdadeiro aproveitamento académico do ano lectivo 2020/2021?

 

7° Então como é possível exigir Média 14 aos estudantes que terminaram o Ensino Médio mesmo sabendo que o ano lectivo foi atípico e que nem todos conseguiram se adaptar à nova realidade?

 

É preciso sensilidade e posicionar-se algumas vezes no lugar dos estudantes. Muitos deles nem queriam voltar às escolas por medo do contágio. Os arranjos feitos ao calendário só prejudicou os estudantes e o mais grave é que os homens que estão lá no Ministério não têm noção disso.

 

Me parece que lá tudo vai tudo às mil maravilhas e nos esquecemos do estado real e actual da nossa educação. Enfim, os estudantes foram prejudicados e muitos continuam a bater palmas como se de extra terrestres se tratassem. Isso é grave!

Ninguém é contra a média 14.

Mas devemos ter a coragem e a honestidade de admitir que esta lei foi aplicada no momento impróprio porque encontrou os estudantes numa situação de fragilidade.
Infelizmente assim vamos nós. Até quando isso?

Por: Florindo C. Reis

Namibe, 22 de Agosto de 2021