Luanda - A força popular mostrou uma nova era, a da nova navegação observada em todas as direções das ruas da capital. Isso mostra a necessidade de haver alternância pacifica do poder em Angola. Percebe-se hoje a olho nu, que os rumos que determinam a estabilidade social, não decorrem mais da vontade da cidade alta. As ruas falaram, e falaram alto e claro, e afirmaram que não desejam ser enganadas nas suas reivindicações.

Fonte: Club-k.net

Por outro lado, o povo sinalizou com a absoluta clareza, que não deseja trilhar o caminho da mudança de mãos dadas com o MPLA. Será bom que o presidente do MPLA reconheça essa vontade do povo em não querer o MPLA no poder.

As ruas mandaram um veemente recado, claro e de fácil percepção e entendimento, será bom, que o poder em Angola tire as devidas ilações, anule o seu comprometimento com a fraude eleitoral já elaborada, e se desmarque em definitivo da imoralidade política exposta na referida lei eleitoral aprovada unilateralmente pela bancada do MPLA, na assembleia nacional.

O receituário introspectivo dessas leis, evidenciam um retrocesso factual inegável, identificados na feitura do tal código eleitoral aprovado. Sobretudo, a assembleia nacional deve anular a nomeação do Manico, retira-lo da presidência da CNE com a maior urgência.

ACJ deu o mote, alertou o país sobre as manobras protagonizadas pela bancada do MPLA na assembleia nacional. Foi bom ouvir o alto dirigente da UNITA falar na necessidade da união de todos, para em 2022 derrotarmos o partido causador do sofrimento do povo.

As feridas abertas pelo MPLA continuam a fazer sangrar de dor e sofrimento o povo, que padece de fome e miséria e de enfermidades várias. O povo não tem escolas e hospitais de qualidade, está sem trabalho e sem liberdades.

Todos os itens colocados na lei eleitoral não padecem de qualidade e em nada ajudarão as futuras eleições. Em abono da verdade, a lei eleitoral apenas beneficia o partido infrator, o MPLA e o seu candidato cabeça de lista. Também é notório que tudo se processou sob orientação da casa civil da presidência da república, com a implícita anuência do presidente João Lourenço.

Acreditar que o presidente da república não estaria em estreita maquinação com a sua bancada, e por isso mancomunados estreitamente com as manobras que assistimos, seria o mesmo que acreditar na ressureição do guia imortal da revolução em Angola, como sói chamar-se a Agostinho Neto, o primeiro presidente da então republica popular de Angola, qual Manguxi.

O presidente João Lourenço, é useiro e vozeiro na proliferação de impropérios enganosos e inverdades gravosas, para o presidente do MPLA, a mentira tornou-se numa coisa trivial, enfim, o país atingiu o zero, não existem expectativas de melhoramento de vida para o povo, com o MPLA no poder.

João Lourenço não possui um programa desenvolvimentista que ajude a reformar estruturalmente a administração do estado, e retirar o país do buraco em que se encontra. Essa verdade, é uma das muitas razões que o levaram a sitiar o país, usando a falácia do combate a COVID19, para impor o cerco epidêmico na capital do país e não só.

O desastre econômico é uma realidade inquestionável, o descaminho dado as finanças do país, é a prova provada que vivemos um período obscuro de trevas, que anunciam a vinda do pós-verdade. Onde os factos alternativos são de tal maneira desconexos, o infortúnio das populações e as inverdades delirantes do presidente da república, se misturam e se confundem.

Importa que todo cidadão, que se sinta útil, se faça presente na luta pela criação dos fundamentos do estado democrático e de direito. É preciso que todos reflitamos sobre a vantagem de sermos iguais perante a lei e a constituição.

Conheço de muito perto o pensamento do futuro presidente da frente unida patriótica ACJ, discutimos de vários ângulos a possibilidade de união de forças viáveis para uma alternância do poder, antes mesmo de qualquer aproximação com as forças políticas agora alinhadas.

Assim sendo, posso afirmar que temos um homem lucido com ideias claras que o destino e a vontade de Deus colocou na estrada da vida dos angolanos de todos os quadrantes políticos e ideológicos.

Pessoalmente posso afirmar, que o presidenciável Adalberto Costa Junior, que bem conheço, se eleito como se espera, formará um governo, que sirva a todos de igual modo, e debruçar-se-á com toda certeza sobre as prioridades que o país e o povo exigem. Numa democracia ninguém é maior que o outro, em democracia, as minorias têm de ter espaço e voz para se defenderem, ante os excessos da maioria.

É importante que se criem mecanismos igualitários de acesso ao debate político, que impeça o presidente da república que aí está, a sentir-se dono absoluto da verdade, principalmente, é oportuno anular a sua apetência de sentir-se acima de tudo e de todos.

Não pretendo de maneira alguma incitar ânimos reprováveis, que visem diluir o espirito de pacificação, mas, a verdade é que o presidente da república se parece cada vez mais com um antipatriotíssimo profeta do caos.

A vergonhosa declaração do presidente da república, onde afirma, que a oposição só pôde ser no máximo cargos de diretor de um departamento secundarizado do estado caracteriza no mínimo ser ele uma pessoa sem caracter e sem altruísmo nenhum.

Pior de tudo, foi ouvir do ditador afirmar, que a oposição não pode exercer cargos de secretários de estado, ministro ou vice-presidente, presidente da república nem pensar.

Isso prova que João Lourenço precisa de modernizar-se, esse modo de pensar, também prova que ele tem medo do novo. Reconheço que toda ideia nova tem sempre uma infância solitária. Porém, se lhe juntar o princípio racional da pluralidade colectiva, essa ideia deixa de ser órfã e por isso não merece a ser subalternizada.

Ademais, toda ideia com princípios democratizáveis, têm o condão e a clareza de terem sido construída com transparência e pluralidade. Por isso, qualquer ideia que ajude e vá ao encontro da realidade vivenciada no país, jamais será uma ideia de pendor solitário.

Mas, o importante mesmo, foi ver-se pela primeira vez as ruas falaram alto, e deram o seu recado. Acredito que essa verdade, o regime não conseguirá travesti-la em mentira, menos ainda a mentira conseguirá desta vez prosperar.