Luanda - Infelizmente, é verdade que o país retrocedeu velozmente nas áreas econômico e financeiro, principalmente, o país social se afundou de tal maneira, que ajudou a instabilidade marcadamente institucional a agravar-se. De facto o sistema administrativo está deveras inebriante, ninguém confia em ninguém, o país financeiro faliu, a instabilidade incrustou-se definitivamente no partido que sustenta o governo.

Fonte: Club-k.net

Não existem sinais de mudança de paradigma na execução de políticas sociais inclusivas, também não se vislumbra no horizonte qualquer prenuncio de retoma econômica, nem existem projectos programáticos que gerem riqueza a curto e médio prazo, para anular o estado de miséria e fome endêmica reinante no país.


De facto o país social está de costas viradas com o MPLA e com o seu presidente. Porém, o cheiro da mudança paira por todo o país. Somente o farsante Rafael Marques de Morais, não sente o cheiro da mudança nem vê essa realidade com olhos de ver. É claro, que ativista político ao serviço do MPLA, não vê isso, porque as mordomias que o regime déspota lhe proporciona cegou o seu entendimento.

Para constatar essa verdade, basta analisar com seriedade e verdade, o que está por baixo do adiamento da marcha dos milhões! O envelhecido Bento Bento, primeiro secretário provincial do MPLA Luanda, sabia bem, que não existiam condições objetivas para colocar milhões de cidadão caminhar debaixo do sol pelas ruas de Luanda.


Tentaram de tudo, até recorreram a militância e amigos do MPLA nas províncias do Kwanza Sul e Bengo, na vã tentativa de engrossar fileiras na aludida marcha dos milhões, porém, esse recurso redundou num fracasso retumbante.


Além do mais, os militantes clarificaram a sua posição em não participar da marcha dos milhões, porque não querem ser tratados como carne de canhão, ou seja, escravos para toda obra. Esse foi o real motivo que levou a direção do MPLA nacional adiar temporariamente a propalada marcha dos milhões. Eles vão tentar novamente porque precisam desse elemento para alimentar a fraude eleitoral.


É facto que o governo está inanimado e perdido num oceano de trevas espeças, destroçado e sem objetivos claros, perdeu todo alento e a credibilidade decaiu junto das populações esfomeadas, sobretudo, por se sentirem abandonadas há 46 anos a sua miserável sorte.


Mentiras e inverdades já não funcionam mais, o presidente da república não tem outra saída, que não seja arrumar as botas e ir cavar batatas e mandioca numa qualquer das suas fazendas, adquiridas à custa dos roubos efetuados ao erário público nacional.


A temperatura está alta, tudo indica, que os aduladores da hipotética recondução de João Lourenço, a presidência da república, tudo farão para efetivar essa vontade.

Os promotores de Fake News e intoxicação propagandista, chefiados pelo Norberto Garcia, director do gabinete de acção psicológica da casa de segurança da presidência da república, já estão posicionados para verberar mentiras delirantes contra Adalberto Costa Júnior presidente da UNITA.

Aliás, o gabinete de ação psicológica já começou a lançar mentira contra a UNITA, acusando-a de haver facturado mais de 200 milhões de dólares com venda de diamantes. Essa gente não tem mesmo escrúpulos nenhuns.

O gabinete de acção psicológica, tenta agora introduzir um novo número teratológico judicial para tentar enganar alguns incautos distraídos.

Eles tentam apresentar o presidente João Lourenço, como inocente dos roubos e da corrupção generalizada decorrente na sua presidência, apontando que a corrupção sistêmica e roubos generalizados fazem parte do consulado de 38 anos do ex presidente José Eduardo dos Santos.


Ora, isso é uma verborreia esdruxula inconsumível, a corrupção e ladroagem correm hoje em grande escala como enchentes de agua turva no consolado de João Lourenço. Por outro lado, todo angolano gostaria muito de saber o seguinte: durante os 38 anos de governação de JES, em que os cofres do erário público foram delapidados João Lourenço era nessa altura militante da UNITA? Onde se encontrava ele e sua família? Na lua ou na Jamba?

João Lourenço, devia levar a sério o ensinamento básico sobre pessoas detentoras de poder, não basta querer ser presidente ou seja, não basta chegar ao poder, porque, qualquer grande poder adquiridos republicanamente, exige enormes responsabilidades.

CHEGADA DE JES NÃO ALTERARÁ NADA.

Para começar, o ex presidente não é o salvador da pátria, pois, se não salvou o país social em 38 anos, não fará agora. Em segundo lugar, o país não precisa de nenhum salvador, talvez o MPLA precise sim de um salvador, porque o atual presidente do partido precisa mesmo ser salvo.

Aprendi com minha mãe, que me lembrava sempre, que quem planta ventos colhe tempestades, eu acrescento outro ditame, quem planta tempestades colhe tsunamis.

Talvez o ex-presidente JES, venha a colher um tremendo tsunami, caso ajude João Lourenço a concretizar a fraude eleitoral em movimento. Seria bom o ex presidente lembrar-se de quem o perseguiu e ainda persegue suas filhas e prendeu seu filho mais velho José Filomeno dos Santos.

Bom seria igualmente que o camarada JES, use da sabedoria popular que diz; que a mesma agua não passa duas vezes por baixo da mesma ponte. Quero com isso, convidar o ex presidente a não cair na tentação de viabilizar pela segunda vez a ascensão do presidente da república FAKE que de facto João Lourenço é.

Se o ex presidente retornou ao país para reconciliar-se com aquele que o persegue a si e a sua família, isso é assunto de fórum pessoal do ex-presidente JES. Porém, se os sinais comprovarem que o camada JES, veio para ajudar o seu antigo delfim ingrato, a chegar à presidência da república através do habitual roubo eleitoral, aí o caldo vai entornar de vez.

Será bom que o ex presidente faça uma leitura real, aturada e honesta, sobre o país que deixou e o que encontrou agora, daí tire as suas ilações e perceba, que não foi João Lourenço nem o MPLA que o defendeu e a sua família aquando da sua forçada ausência do país.

É ilógico e caricato, até mesmo perigoso chegar a Angola e apoiar aquele que o alcunhou de marimbondo, prendeu seu filho, e continua até a data a perseguir as suas filhas e seus colaboradores mais próximos. Pior de tudo, é saber, que do ponto de vista jurídico, os colaboradores directos de JES, fizeram as mesmas coisas horríveis, que o próprio João Lourenço e toda sua família fizeram durante o consolado de JES.

De uma coisa todos têm certeza absoluta, uangá uabu, o feitiço do Dombe Grande acabou, não funciona mais, e o de Malanje, se continuar a insistir vai lhe fechar a boca, como aconteceu com o poeta assassino dr Agostinho Neto. A feitiçaria de Malanje, não se coaduna com pessoas arcaicas e injustas.

Não importa hoje se o MPLA vai insistir em recriar de novo o factoide da união da grande família, mas se assim acontecer, essa miserável encenação ficara por isso mesmo, será apenas uma infeliz encenação, nada mais duque isso.

O povo não quer saber de grande família unida nenhuma, o povo tem demonstrado a todos os níveis, que deseja ver o MPLA longe do poder em 2022.