Luanda - Porque não é de bom grado inserir todos, inclusive os inócuos e incólumes cidadãos, numa esfera onde residem incautos.

Fonte: Club-k.net

Somos, grande parte de nós, frutos de adágios populares famigerados oportunistas tais como “a ocasião faz o ladrão” e a mais nova e infelizmente sempre actual “o cabrito come onde está amarrado”.

 

Actos de desagrado popular acontecem muitas vezes quando os níveis de mentalidade encontram-se desequilibrados. Só quem não sabe o que é desespero é que é um detentor de uma fisga e montes de pedras para atirar aos que erraram numa primeira oportunidade flagrante.

 

Quantos de nós tivemos a oportunidade de açambarcar bens alheios mas tivemos a sorte de não ser flagrados? Hoje estão muitos, sem pudor algum, a disseminar a imagem de um homem que teve um acto frívolo fruto de um oportunismo inesperado, um homem que, a priori, fez para alimentar os seus. Não é, de forma alguma tentar justificar o insolente acto mas é para desenhar em papel negro com esferográfica preta a hipocrisia que nos assola e não vimos.

 

Sabemos todos quem vilipendia a maioria, onde moram e o que fazem e nem por isso somos convidados de forma escárnia a manchar um patriarca que poderá ter o seu futuro, imagem perante seus filhos e entes próximos fruto de uma deseducação e hipocrisia meia colectiva.

 

Se acham que assim estão a desencorajar futuros actos semelhantes enganam-se porque a fome e o mau carácter quando já vivem entranhados, por razões que achamos que conhecemos, tornam as pessoas surdas e cegas quando oportunidades semelhantes acontecem.

 

O homem do arroz é resultado de uma governação e falta de educação com instrução que beiram os extremos de uma sociedade atípica e utópica. Vamos educar mais e deixar de vilipendiar a vítima. Se a forma que acharam para reeducar foi esta então precisamos rever nossos modus operandis.

Edy Lobo