Luanda - A família da malograda Carla António de Oliveira, Nair, como era carinhosamente chamada, de 25 anos de idade, estudante universitária do 3º ano de Enfermagem na Universidade de Belas informa que a mesma foi brutalmente espancada numa rixa de bairro e acabou por sucumbir numa cela da esquadra policial da Camuxiba, no Distrito Urbano da Samba, no sábado dia 11 de setembro, por volta das 18 horas.

Fonte: Club-k.net

A rixa começou na rua Augusta onde todas envolvidas residiam. A Polícia local fez a patrulha e recolheu todas as envolvidas.

 

Nós, familiares da Nair, lamentamos o facto de a polícia local não registrar a ocorrência e o facto das duas agressoras serem trancadas na mesma cela com a malograda numa desvantagem numérica, isto, momentos antes da queda que culminou com a morte da Nair.

 

Nós, familiares da Nair, condenamos o procedimento da Polícia local por se mostrar indiferente ao “grande episódio” que assistiam diante seus olhos enquanto uma vida se esvaía em sua Casa da Ordem.

 

Estamos revoltados! Queremos justiça de Deus; queremos justiça dos homens.

 

Embora o Comandante da referida esquadra apareceu na casa do óbito e pediu desculpas à família enlutada – atitude que esperávamos da parte das agressoras e seus familiares - Sentimo-nos bastante indignados e lamentamos a vida da nossa parente.

 

Contestamos o laudo do Médico Legista que se "equivocou" e fechou o documento alegando que a morte teria sido causada por uma “tuberculose pulmonar e intestinal”. É de salientar que ela, a Nair, gozava de boa saúde e não padecia dessas enfermidades e nunca mostrou nenhum sintoma de tuberculose. Por outra, o Médico Legista fez a autópsia sem a presença de qualquer familiar da malograda.

 

Enquanto chorávamos nossa ente querida, a família das agressoras esteve trabalhando nas redes sociais e mídia tentando denegrir a boa imagem da malograda e a desviar a atenção da opinião pública. A TV-Zimbo passou a matéria dando maior espaço de antena para os acusados se defenderem e estes tentaram sem sucesso nem coerência menosprezar os factos e a morte da nossa parente comparando bens materiais com vida humana. Seja quais forem os argumentos, ninguém tem o direito de ceifar a vida. A vida é o bem maior e deve ser preservado acima de todos os bens.

 

Está claro que existiu agressão física. Está claro que a nossa parente foi brutalmente espancada e assassinada. Estamos perante um hediondo homicídio voluntário. Foi tirada a vida de uma cidadã à força. Solicitamos a intervenção das Instâncias Superiores da Nação porque a Polícia local está comprometida.

 

Queremos Justiça!

 

Luanda, 17 de Setembro de 2021.

A família da Nair.

922445635