Luanda - Os estudantes da Escola de Hotelaria e Turismo (ESHOTUR) da Universidade Agostinho Neto (UAN) denunciam que, por exigem melhores condições na instituição, têm sofrido “ameaças e intimidações”, supostamente pela direcção da escola e do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Fonte: Club-K.net

Segundo o núcleo do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) na Escola de Hotelaria e Turismo da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, até ao momento, foram notificados cinco estudantes pelo SIC, alegadamente por manifestarem “espírito de reivindicação sobre várias situações que afectam os estudantes”.

Em nota enviada ao Club-K, assinada pelo presidente do núcleo da ESHOTUR, Honani João Rofino, os estudantes entendem que “são notificações desde as simples até as mais complexas, que pode condicionar os líderes deste movimento de continuarem a lutar”.

Os estudantes realçam que, na segunda-feira, 4 de Outubro, o núcleo do MEA na ESHOTUR da UAN recebeu outras cinco notificações da Comissão Disciplinar na Escola de Hotelaria e Turismo, para que fossem respondidas dois dias depois.

“Felizmente um dos professores ligou na terça-feira, 5, avisando que o objectivo das notificações é complicar a nossa situação com o SIC, uma vez que o mesmo notificou-nos e que tínhamos de comparecer na terça e quarta feira, infelizmente não aparecemos por outra força maior”.

Para os estudantes, “tal como fizeram com o jornalista da TV Maiombe, eles marcaram a reunião na terça, durante a reunião, eles vão ligar para o SIC para vir nos prender, alegando que estamos a fugir para não responder às notificações".

O núcleo do Movimento de Estudantes Angolano (MEA) na Escola de Hotelaria e Turismo da Universidade Agostinho Neto (UAN) reclama “o número de reprovações incompreensíveis e muitos outros problemas que continuam a afligir a comunidade académica desta instituição”.

“Muitos dos nossos colegas desistiram desta escola dando continuidade da formação em outras instituições de ensino superior, por isso, caso estejamos de braços cruzados, esperando milagres, os males vão permanecer”, lê-se.

Os estudantes da ESHOTUR apelam aos órgãos competentes para dar solução do caso, para que deixem de ser tratados como estudantes frustrados e agitadores da maioria”, como supostamente têm sido tratados pela direcção da escola.