Nova Iorque - O jornalista Júlio Gomes do semanário Valor Económico apresentou recentemente na sede das Nações Unidas (ONU), uma comunicação sobre a problemática da secessão em África, e considerou tratar-se de “um fenómeno que apenas atrapalha o desenvolvimento do continente berço da humanidade”.

Fonte: Club-k.net

Discursou na 4ª Comissão da ONU

“A África está na cauda do desenvolvimento mundial e toda a tendência visando a divisão interna dos países deveria ser desencorajada”, disse Júlio Gomes, respondendo ao chamamento da 4ª Comissão Especial de Políticas de Descolonização das Nações Unidas.

 

O tema escolhido pelo escriba angolano teve incidência no caso concreto de Marrocos que luta pela reunificação, enquanto a Frente Polisário apoiada por forças externas insiste na separação.

 

Na qualidade de peticionário, disse, “espero que as partes na disputa regional sobre o Sahara se envolvam seriamente e de boa fé no processo de negociação da ONU, a fim de garantir um resultado positivo com base na Iniciativa de Autonomia e permitir que o Magrebe desempenhe plenamente o seu papel no desenvolvimento da África, nosso continente comum”, defendeu o jornalista que fez parte juntamente com académicos de mais de uma dezena de nacionalidades para a produção do ‘Rethinking the sahara dispute history and conteporary perspectives’, ou seja, ‘Repensando a história da disputa do Sahara e suas perspectivas contemporâneas’, na tradução do inglês, uma obra com mais de 140 páginas.

 

Criada inicialmente para abordar a descolonização após a Segunda Guerra Mundial, a Comissão assumiu responsabilidades “Políticas Especiais” nos anos 90. Isso aconteceu depois da independência da maioria das colónias e quando a transição de todos os territórios sob a administração do Conselho de Tutela da ONU, como Samoa Ocidental e Tanganica, estar finalizada.