Luanda - Nesta hora, curvo-me perante o valor e grandeza dos controladores, daí que queira prestar o meu modesto contributo, para prestigiar estes profissionais responsáveis pela gestão e monitoramento em espaço aéreo seguro e coordenado, para dar suporte ao piloto e evitar colisões e tornar expedito, o tráfego de aeronaves, desde a partida até a chegada a solo firme, e apoio em caso de problema no voo.

Fonte: Club-k.net

Esta data foi instituída a partir do ano de 1960, depois do primeiro encontro realizado na Grécia, nesse mesmo dia e ano.


Na prática o controlador assume a navegação das aeronaves, transmitindo toda a sorte de instrucções e informações, velocidade, proa, e altitudes, meteorologia etc que o piloto deve responder positivamente e executar em nome da segurança.


O controlador de tráfego aéreo geralmente permanece nas chamadas torres de controlo, e têm responsabilidade em função das áreas de cobertura, em resposta a estratificação do próprio espaço aéreo, na jurisdição de acordos entre Estados, nos marcos nacionais ou internacionais e na confluência de rotas e corredores por terra e mar.


No rescaldo desta importante efeméride, registamos avanços incomensuráveis na aviação e especificamente no papel e dimensão global da actividade do controlador, quer na evolução e domínio da cultura e conhecimentos aeronáuticos, quer na elevada preparação técnica que hoje assiste o controlador, bem como, no avanço tecnológico do perfil e matriz dos equipamentos que conheceram uma renovação sucessiva estrondosa e que vieram determinar a substancial melhoria e segurança no ambiente de trabalho, na resposta aos desafios de modernidade dos próprios meios aéreos, que colocam de modo exuberante o aumento expressivo de velocidade nos circuitos e nas diferentes fases do voo, o aumento exponencial do volume de tráfego, na antecâmara que obrigou a supervisão em tempo real, a compactação do tráfego, com novos parâmetros nos conceitos de separação vertical e horizontal e a incontornável apreensão na gestão dos slots, no entendimento das limitações de segurança e seu impacto directo sobre os operadores tanto no plano comercial como económico.


Como é óbvio, compete certamente aos profissionais, aos seus responsáveis e os sindicatos e a associação dos controladores, uma análise exaustiva do sector, mas até porque existe simbiose e grande cooperação entre pilotos e controladores, permito-me dizer que a exemplo do que ocorrera noutras latitudes, também teve os seus altos e baixos, na tentativa de acompanhar a dinâmica e o desenvolvimento da aviação regional e mundial, mas à esta altura, poderemos certamente concordar que a nível dos desafios se vive momentos de alguma dificuldade, quanto ao desígnio e normal desempenho dos controladores.


Claro está que o controlador não está hermético como tal, ele depende muito da entidade e do espaço aéreo onde está inserido. ANGOLA por definição teria condições de ter uma avaliação excelente no índice de qualidade das infraestruturas aeroportuárias, e de navegação aérea, porque possui condições invejáveis neste domínio, após inúmeros investimentos de renovação, mas creio ter faltado bom senso e ordem e prioridade nesses investimentos e essencialmente a capacidade de gerir e de manutenção. O que fica patente, será a necessidade e urgência, na noção de que caberia evitar-se errar nas escolhas para os futuros gestores, pelo que se recomenda que reúnam capacidade e competência, pois só o conhecimento e o domínio categórico por parte dos nomeados, poderá ajudar a desanuviar os gargalos e a melhores resultados.


Do meu ponto de vista, salvo melhor opinião, convinha abordar de modo coerente e competente, afim de admitir a abertura do espaço aéreo para operação a outros operadores(nacionais ou estrangeiros) nos voos domésticos e regionais no âmbito do acordo das liberdades, a Céu aberto, para se efectivar a propensão e aumento em escala dos movimentos aéreos(voos), dentro das reais potencialidades do país, gerando mais tráfego, mais receitas, e assim melhorar a concorrência na oferta aos passageiros, com tarifas mais actrativas, abrindo horizontes ao turismo e permitir repassar estes ganhos para reajustar salários e upgrade nas condições de trabalho dos controladores.


Num dia como hoje, importa referir que muitas causas dos constrangimentos serão exactamente exógenas, pois não depende do esforço e entrega do controlador e nalguns casos nem estarão ao alcance da entidade, que presta serviços e, para os melhorar entre outras variáveis de investimento e sensibilidade, seria determinante que se registasse maior uso e solicitação dos serviços, sobretudo no segmento doméstico, além das aterragens e descolagens, e a assistência e o devido suporte a navegação e apoio as comunicações, para o incremento dos sobrevoos, bem como da criação de polos aeronáuticos, que irão reforçar o uso recorrente do espaço aéreo.