Joanesburgo - O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma teve de submeter a semana passada uma declaração de bens no seguimento de criticas do principal partido da oposição, Aliança Democrática que acusou o também líder do ANC de violar o código oficial da ética por não entregar o referido documento em tempo oportuno.
Fonte: Club-k.net
Oposição quer saber como é que o líder do ANC sustenta três esposas
Zuma, esta no poder há nove meses, e de acordo com a lei da probidade sul africana, o chefe de estado deveria entregar a declaração no prazo de 60 dias após a tomada de posse. A lei em referencia obriga igualmente os detentores de cargos políticos a declararem os bens dos seus familiares mais próximos.
Os críticos do presidente sul africano que descobriram a “gaff”, querem saber , como é que o líder do ANC apóia uma família tão grande constituída de três esposas e 20 filhos. Os mesmos defendem que os seus bens devem ser alvo de uma investigação.
Em reação as reclamações da oposição, o secretário de Gabinete de Jacob Zuma, o advogado Michael Hulley confirmou, em comunicado tornado publico, terem entregue, na quarta feira (10) uma lista contento os interesses financeiros detidos ou recebidos, quer pelo presidente ou por membros da sua família, conforme prescreve os termos do Código de Ética Executivo.
A Presidência sul africana justificou, no entanto, que a razão do atraso da declaração de Zuma deveu-se ao facto de o mesmo ter estado à espera de esclarecimento da sua equipa de advogados sobre aquilo que ele teria de declarar. Hulley disse que o Presidente tem aplicado o mais elevado padrão ético quando decide aceitar um presente. "Esses gestos são muito apreciados e de significado sentimental imenso, mas nenhum dos presentes são de valor monetário", disse ele.
Mesmo assim, a líder da Aliança Democrática, Helen Zille declarou que seu partido fará uma denúncia formal junto do Procurador Público para investigar por que o presidente Jacob Zuma não declarou os seus interesses financeiros, activos e passivos como exige a lei. A senhora Zille sugeriu que o atraso pode ter algo a ver com uma tentativa de esconder algo, uma vez que o presidente tem sido exposto a conflitos de interesse envolvendo as suas esposas e membros da família.
De acordo com as regras na África do Sul, o Procurador Público é obrigado a realizar uma investigação depois de receber a denúncia de um membro do Parlamento sobre qualquer violação do Código de Ética. As regras para a divulgação da declaração de bens por parte do executivo do governo (incluindo o Presidente) foi aprovada pelos deputados daquele país em 2000 e de seguida assinada pelo próprio Jacob Zuma, na qualidade de presidente em exercício, a época.
Esta semana o Secretario Geral do ANC, Gwede Mantashe anuncio que não irão declarar publicamente os interesses financeiros dos seus membros e dos respectivos familiares. Mantashe disse que todos os membros do comité executivo do ANC que servem o governo terão de declarar os seus bens mas ressaltou que o partido não irá acelerar o processo apenas para satisfazer aqueles que pedem auditorias do “estilo de vida” dos seus colegas.