Lisboa - Aguardado para uma reunião do conselho de ministros que custou-lhe o cargo de ministro, Jomo Francisco Isabel de Carvalho Fortunato justificou ao Presidente da República que a sua ausência deveu-se aos preparativos do discurso que iria apresentar neste final de semana, a margem da conferência sobre questões climáticas da ONU, na Escócia, Reino Unido.

Fonte: Club-k.net

Na quarta-feira (27), estava tudo preparado para a condução da reunião do conselho de ministros de Angola, que trazia na agenda sete pontos dedicados a questões ambientais. Ao notar que o seu ministro da Cultura, Turismo e Ambiente não compareceu na reunião, João Lourenço procurou saber o que terá se passado, e foi-lhe comunicado que Jomo Fortunado justificou que ficou em casa a preparar o seu discurso que iria apresentar na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, cidade portuária da Escócia, no Reino Unido.

 

Na referida reunião – que já não se discutiu os pontos agendados – o ministro Jomo Fortunado enviou para o representar o Secretário de Estado para o Turismo, Hélder Jonas Leonardo Chingunde Marcelino, mas este não dominava temas sobre questões ambientais.

 

Em condições normais, Jomo Fortunato deveria ser representar nesta reunião pela Secretária de Estado do Ambiente Paula Cristina Francisco Coelho, que tem domínio pelo tema. Está não foi porque segundo informaram ao gabinete presidencial, as relações entre ambos eram tensas. Paula Coelho também tinha relações não pacificas com a antiga ministra Adjany Costa.

 

No seguimento do clima despropositado que se criou, o Presidente da República não viu outra saída senão dispensar Jomo Fortunado do seu governo e colocar em seu lugar o académico Filipe Nzau, que se torna no quarto ministro da cultura nos quatro anos de consulado de João Lourenço.