Luanda - Ao fim da manhã desta terça-feira, o Presidente da República, João Lourenço, proferiu o seu discurso na plenária da Cimeira do Clima que reúne o Mundo na cidade escocesa de Glasgow.

Eis o seu conteúdo:

-Excelências Senhores Chefes de Estado e de Governo
-Excelência Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas
-Minhas Senhoras, Meus Senhores.


É com elevada honra que me dirijo à 26ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.


A República de Angola considera as alterações climáticas um dos maiores desafios que enfrenta a Humanidade, pelo conjunto de efeitos directos e indirectos que causam à vida económica e social das nações, facto que constitui um verdadeiro desafio ao desenvolvimento.


Abraçamos a causa da protecção e repovoamento dos mangais através de uma campanha nacional de replantação de mudas de mangue ao longo da extensa orla marítima nacional.


Privilegiamos a produção e consumo de energia limpa proveniente das barragens hidroeléctricas existentes e de outras por construir, assim como nas fontes renováveis de energia, com destaque para projectos de produção de energia fotovoltaica com parques solares que vão reduzir o consumo de combustíveis fósseis na produção de energia eléctrica.


Actualmente a matriz energética nacional já incorpora 62% de fontes não poluentes de energia, ambicionando chegar a 70% em 2025.


Acabamos de firmar em Washington DC com o ICCF- Fundo Internacional de Conservação, um convénio para a conservação dos parques do Luengue-Luiana e Mavinga, para a protecção da vida selvagem animal e vegetal e desenvolvimento do turismo internacional sustentado.


Aprovámos a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2021-2035, almejando alcançar os objectivos preconizados no Acordo de Paris. O meu Governo aprovou mais recentemente um importante pacote legislativo ambiental, instrumentos que serão determinantes na luta contra as alterações climáticas.


Angola está alinhada com os consensos internacionais do desenvolvimento sustentável, incluindo o África – 2063, em consonância com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.


Excelências,

 

Angola definiu a sua contribuição concretizada na redução da intensidade de carbono na produção de energia eléctrica num horizonte até 2025, e acções complementares no domínio da gestão sustentável das florestas, transportes e agricultura.


Foram igualmente identificadas acções de adaptação relacionadas com a melhoria da resiliência climática das nossas comunidades e a protecção de investimentos sociais e económicos.


Reiteramos a firme vontade e determinação de Angola continuar comprometida com a acção climática e com a adopção de um modelo de desenvolvimento de baixo carbono.

Muito Obrigado