Luanda - O SINSE foi concebido para produzir informações, análises e realização de medidas e acções de informações e de Segurança de Estado , visando a garantia da segurança interna do País, a preservação do Estado de Direito Democrático constitucionalmente estabelecido e a proteção da população contra as ameaças e vulnerabilidades. O SINSE depende é dotado de autonomia financeira, administrativa , patrimonial e directamente do Presidente da República. Tendo em conta o facto de vivermos num regime autoritário puro, o Presidente acaba por subverter esta nobre instituição em Polícia Política para a manutenção do Poder do MPLA.

Fonte: Club-k.net

O SINSE é uma vergonha nacional enquanto instituição porque ao invés de salvaguardar o Estado de Direito e democrático, subverte entrando no jogo sujo com planos perversos contra os adversários cívicos e políticos do MPLA. O SINSE actua como a Polícia Política do MPLA e é omnipresente, ou seja, está infiltrada em toda a esfera pública e privada. Aos domingos na Tv Zimbo temos visto o oficial do Serviço e pseudo advogado David Mendes que nos anos 80 desempenhou cargo de Director do MINSE na província do Bengo, a atacar sem dó nem piedade Adalberto Costa Júnior que tinha sido eleito por maioria dos delegados do XIII Congresso do partido UNITA. Outro oficial do Serviço de Segurança do Estado é o pseudo jornalista Carlos Alberto que através da blogosfera tem disseminado uma onda de fake news contra o Adalberto Costa Júnior e outras figuras com quem João Lourenço não tem simpatias e juntaram ao grupo do SINSE como colaboradores o Kawiki- o mesmo que foi instrumentalizado pelo senhor José Tavares para dar entrada de um processo no Tribunal Constitucional (outra instituição que tinha sido concebido para servir de guardiã do Estado de Direito e Democrático, mas que preferiu entrar no jogo sujo de manutenção do Poder do MPLA) que culminou com o acórdão que anulou o Congresso da UNITA e determinou Isaías Samakuva a substituir Adalberto Costa Júnior, Samakuva que em 2019 tinha perdido legitimidade perante a vontade dos delegados ao congresso foi imposto pelo Tribunal Constitucional onde a maioria dos Juízes são militantes do MPLA e de acordo com os estatutos deste partido , agem à luz da vontade do Bureau Político até violam o segredo de justiça.

 

Contudo, nem o SINSE , nem o Tribunal Constitucional servem para a construção da nação angolana com base ao princípio da separação dos poderes e a livre concorrência nos processos eleitorais, isto e outras razões levam-me a concluir que em Angola não há patriotismo, sobretudo, no MPLA onde os militantes sacrificam às instituições públicas para perpetuarem no Poder e o mais agravante é que o MPLA apenas quer gerir o Poder … não há naquela estrutura apodrecida uma única pessoa que se comove com a extrema miséria que assola os angolanos levando alguns compatriotas a morrer de fome e outros a comerem em caixotes de lixo, naquele grupo de ladrões que chamam de MPLA não há uma única pessoa que percebe que a institucionalização das autarquias locais e a despartidarização das instituições públicas iria reduzir os níveis preocupantes de pobreza e de forma ignorante essa gente torta ignora a nossa angústia e o nosso senso de revolta associando a nossa luta a instrumentalização, ou seja, para João Lourenço e outros tontos nós só manifestamos em protestos porquê alguém nos manda ou financeia para tal, mas muito antes deste senhorzinho ser o Presidente todo poderoso a gente já desafiava José Eduardo dos Santos e todo seu poder com protestos.

 

Para mim é golpe baixo sempre que o SINSE tenta banalizar a nossa luta porque é pouco o que temos feito pelas injustiças sociais que vivemos. Que o SINSE esteja mais preocupado pelos desafios que motivaram o seu surgimento e não pelos adversários ou inimigos cívicos e políticos, aliás não somos e nunca fomos inimigos do MPLA porque o que fazemos é mero exercício de cidadania contra àqueles que transformam o Estado em propriedade exclusiva. Angola não é do MPLA, Angola é dos angolanos.