Luanda - Somos todos conhecedores do principio do prato de pipoca; que é um prato feito apartir de um milho especial denominado Zelia e Colorado pop-1, que estora quando aquecido a uma determinada temperatura. No instante, gostaria de fazer uma semelhança entre este fenómeno com os recursos naturais que Angola possui.


Fonte: Club-k

Angola já atingiu uma maturidade económica

Pela minha opinião os recursos naturais de Angola deveriam ser consideras como as espécies de milho Zelia e Colorado pop-1.


Replicar este princípio nos recursos naturais para o melhor aproveitamento de todos os produtos explorado em Angola. Na qual beneficiará os angolanos de hoje e do amanha. Isto quer dizer quadruplicar milagrosamente o volume das receitas provenientes dos recursos e servindo como raízes sustentadoras da economia angolana para um investimento básico que poderia produzir receitas mesmo que a produção e vendas de alguns recursos baixa-se, para um futuro próspero.


Acredito seriamente que nunca será possível satisfazer muitas das necessidades socio-económicas de Angola com o sistema de exploração e venda dos recursos nacional do presente. Onde a maioria das empresas exploradoras são estrangeiras (a pesar de existir programas do actual governo em converter a situação) e tendo como o mercado principal os países do ocidente, que ditam as regras sobre a comercialização de vários produtos tidos como recursos naturais, algo que passou a ser um direito destes por serem os descobridores, maiores consumidores, processadores e possuírem sempre as alternativas para qualquer um produto.


A questão sugerida neste instante é o que deve ser feito para um maior beneficio dos recursos que Angola possui? Antes de tudo é bom salientar que para se implantar qualquer empresa produtora ou mesmo processadora numa localidade sempre foi priorizada a proximidade deste diante do mercado consumidora, mão-de-obra qualificada e as infra-estruturas.


A partir destes princípios de localização de uma empresa poderemos identificar o nosso problema como a de fonte de matéria-prima, que não consta entre as condições necessárias para criação de uma empresa processadora. O produtor prefere buscar a matéria-prima mesmo no planeta Mars, ou onde quer que seja, mas o seu mercado deve encontrar-se nas proximidades da sua empresa e de igual modo os outros factores.


Neste caso, Angola como uma fonte de matéria-prima deixa de ser uma prioridade para muitas das empresas. Assim Angola continuará a perder grandes investimentos estrangeiros e nacionais, menos oportunidades de emprego e aquisição de novas tecnologias, por não possuir um mercado atractivo, infra-estrutura integrante e pouco know how.


É necessário reconhecer-se que Angola já atingiu uma maturidade económica que lhe permite inverter os métodos de exploração, processamento e comercialização dos recursos existente no país.


Antes da matéria-prima, o país deve começando por criar e desenvolver um mercado nacional para e capaz de consumir ao menos 50% dos produtos e sobre-produtos da matéria-prima angolana e em seguida;

- Criar industrias processadoras previamente orientadas e subsidiadas pelo estado angolano com uma capacidade de processar no mínimo 50% dos recursos angolano em geral.

- Melhoramento das infra-estruturas e da cadeia de fornecimento (fornecedores da matéria prima, industria processadora, transporte e logística, grossista e retalhista) para o suporte industrial.

- Modernização e eficiência nos serviços publico e privados do pais.

- Suporte e investimento nas instituições públicas/privadas de pesquisa e inovação do pais. Com maior atenção aos que dedicam-se a estudos e análises dos recursos naturais, exploração, suas utilidades e consequencias no meio ambiente.


Um exemplo prático da nossa eterna dependência do mercado externo, é o actual plano do governo sobre a exploração do gás natural e o seu processamento para a sua exportação nos países que ditam as regras. Ignorando por enquanto o desenvolvimento de um mercado local, que poderia ser útil na comercialização do gás natural como combustível tanto nas indústrias, automóveis e casas.


Terminaria por dizendo que a presente geracao deveria reconhecer que os seus agradaveis antepassados habitaram nestas terras que hoje é Angola com as suas riquezas naturais intacta, herdamos e começamos a exploração dos recursos deste pais nos meados do século XX até a presente data. Somos abençoados por pertencermos esta nação rica com recursos naturais e seremos eternamente gratos perante os nossos antepassados pela enorme e virgem herança. Será que a presente exploração massiva e inadequada forma de investimento económico, será um orgulho e gratitude da futura geração deste pais?