Luanda - É facto que o acordão 700-2021, do tribunal constitucional do MPLA é fraco e frágil e pouco transparente, para falar pouco a respeito, porém, foi benéfico, porque ajudou a expor as vísceras do regime e também mostrou a farsa e a intensa promiscuidade na formatação do processo legal no tribunal constitucional, sobretudo no que tange no processo que anulou o congresso que elegeu legitimamente Adalberto costa Júnior presidente da UNITA.

Fonte: Club-k.net

Depois do inusitado acto falho do tribunal constitucional, a situação azedou de vez, quando a UNITA marcou a reposição do seu congresso para dezembro de 2021. Essa posição, além de necessária é legitima, porquanto se trata apenas de responder positivamente com equidade a decisão que anulou o anterior congresso. Não se trata aqui da realização de um novo congresso, mas sim, da repetição do congresso anulado pelo tribunal constitucional.

 

Outra situação não menos preocupante, é a eterna promiscuidade plasmado no incoerente e inconstitucional alinhamento que existe entre as secretas do regime, a própria cidade alta e o dr Isaias Samakuva, presidente de transição imposto á UNITA pela força do acordão 700/2021, que por sinal provocou e insatisfação generalizada da maioria dos cidadãos angolanos e não só.


O presidente Samakuva cravou no coração da UNITA uma perigosa crise artificial no partido, pior de tudo, é que apesar de ser uma crise artificial, ela é perigosa porque foi construída a partir do exterior.


Todos sabem que jamais existiu na UNITA qualquer crise antes do malfadado acordão 700/2021, construído nos laboratórios da subversão permanente da casa de segurança da presidência da república e do SINSE de Fernando Garcia Miala, aliás, o país, hoje foi totalmente convertido por essas instituições na casa mãe Joana.


Por outro lado, é bom que se afirme e reafirme categoricamente, que os Massanga Savimbi da vida e demais filhos da traição perfilados na consanguinidade da família do dr Jonas Savimbi, não são páreo para criar qualquer mal-estar a UNITA, por se tratar de pessoas sem qualquer expressão política interna menos ainda a nível de todo país.


Fica assim provado, que a propalada crise foi instigada, ou seja, foi formatada no exterior da UNITA e introduzida no seu interior através do próprio presidente Isaias Samakuva, e seus muchachos frangotes.

Ao tomar posse como conselheiro da presidência da república, Samakuva não conseguiu demarcar-se do aliciamento movido intencionalmente por João Lourenço. Pior, Isaias Samakuva, de forma claramente servil correspondeu positivamente ao coercivo aliciamento de João Lourenço.


Quem ouviu as palavras indigestas de João Lourenço e a reciproca aceitação da parte de Isaias Samakuva, ficaram com a clara impressão que havia uma intrínseca e promiscua troca de mimos colaboracionista entre um membro do governo do regime a agradecer a aprovação e apoio do seu chefe.


A partir daí viu-se um irreconhecível Isaías Samakuva, com atitudes provocatórias e ditatoriais tentando jogar fundo com a finalidade em tentar adiar o inadiável, que é a realização do congresso com o apoio dos seus parcos capangas bem conhecidos de todo cidadão atento.


É aceitável e legitima a todos os níveis que Isaias Samakuva, deseje ser novamente presidente da UNITA, o que não é legitimo é ele desejar continuar presidente sem a aprovação de um congresso que o legitime. Por outro lado, caso o presidente Isaias Samakuva, tenha um candidato (a), de sua confiança, que o apresente e concorra de igual para igual sem nenhuma limitação conforme pratica reconhecida na UNITA.

A actual presidência de Isaias Samakuva é de todo precária e transitória, a continuar com o malabarismo barato com que tem brindado a todos, o presidente da UNITA corre sério risco de ser mal interpretado pelo próprio partido, isso poderá enegrecer a sua biografia e afundar o patrimônio de sua história política no oceano da desgraça.


O que não pode continuar, é ficar no interpretante vai que não vai, sem que aja uma clarificação que ajude a resolver os problemas causados por ele e seus parcos muchachos, para que o mais que necessário congresso aprovado pela comissão política do seu partido se materialize.


As condições para se alcançar a cadeira presidencial da UNITA, é igual para todos os concorrentes. Porém, desta vez, não estará em jogo a nacionalidade portuguesa do mais popular candidato, que a UNITA alguma vez teve.


A UNITA, enquanto esteve nas mãos de ACJ, conseguiu furar a bolha e receber a simpatia de todas as classes formatas durante a vigência do regime do MPLA e dos angolanos em geral. Essa questão jamais deveria ser tratada como um handicap para o partido e sim como um ganho por excelência.


Essa situação em época pré-eleitoral jamais aconteceria no MPLA, mas, os patéticos invejosos e feiticeiros da UNITA preferem ajudar João Lourenço a permanecer no poder com a sua ajuda, ou mesmo em última instancia, preferem implodir e afundar a UNITA.


A tarefa de implodirem a UNITA está longe e até mesmo impossível acontecer, mesmo que o diabo viesse a terra apoiar a estratégia de João Lourenço e Isaías Samakuva para anularem o mulato dos outros, isso seria obra impossível acontecer.


O resultado seria o mesmo que aconteceu com a tal carta publicitada na rede social facebook, da responsabilidade do deputado da UNITA José Eduardo e alguns mangas de alpaca, não surtiram os efeitos esperados pelos próprios subescritores da referida nem a task force de João Lourenço, chefiada pelo general do MPLA de origem cabo-verdiana José Tavares esperavam tamanho insucesso.


A UNITA não pôde permitir, que os seus estatutos e regulamentos continuem a ser conduzidos ilegalmente de fora para dentro. Importa que a UNITA deixe de permitir que o SINSE e a casa de segurança da presidência da república tenham espaço para comandar da UNITA. Faz-se necessário e urgente, que aqueles que insistentemente violam os estatutos do partido, sejam responsabilizados e severamente punidos sem contemplações conforme os estatutos predizem.

 

Tem sido assim no MPLA, onde aqueles que não fazem o jogo do presidente e das estratégias do partido, são severamente castigados conforme aconteceu com os antigos secretario gerais Marcolino Moco, Boavida neto, a ex membro do comité central Tchizé dos Santos e o atual presidente do MPLA enquanto secretário geral do partido, foi severamente castigado e banido do cargo sem contemplações pelo chefe anterior dono do MPLA.


É preciso frenar essa sangria que traz uma péssima publicidade ao partido UNITA e sobretudo atrasa os objetivos de ser poder em Angola.