Luanda - O Presidente angolano disse hoje, em Luanda, que o Estado quer reduzir a força de trabalho na função pública, mas para o setor social esta orientação é contrária, com admissões maciças de médicos e professores.

Fonte: Lusa

João Lourenço falava hoje à imprensa à margem da inauguração do Centro Especializado de Endemias e Pandemias, localizado na comuna de Calumbo, município de Viana, província de Luanda.

 

"Vocês sabem que o executivo definiu a necessidade de redução da folha de salários da função pública, portanto, como princípio, a tendência será reduzir a força de trabalho da função pública", referiu o Presidente angolano.

 

De acordo com João Lourenço, o Estado é um grande empregador, "mas quer ser cada vez menos empregador e passar essa responsabilidade para o setor privado".

 

"Mas, como se costuma dizer, não há regra sem exceção e é precisamente no setor social que nós abrimos essa exceção. Portanto, esta orientação de reduzir a força de trabalho na função pública não está a acontecer no setor social, antes pelo contrário, nós estamos a fazer admissões massivas de médicos, professores e técnicos de saúde nos últimos anos", frisou.

 

O chefe de Estado angolano disse que no próximo ano deverão iniciar algumas obras de construção de hospitais, podendo algumas terminarem ainda em 2022.

 

"O que não terminar no próximo ano terminará mais tarde, em [20]23 ou [20]24. Neste exato momento, estamos a edificar o Hospital Geral de Ondjiva, na província do Cunene, e, desta forma, pensamos até aos próximos dois anos concluir o que é essencial em termos de hospitais gerais", referiu.

 

Segundo João Lourenço, a partir daí passarão a ser alocados recursos para atender a rede primária, "que é vasta".

 

"São unidades mais baratas, falando individualmente, cada unidade vai ser mais barata, mas são umas poucas centenas, embora nós nesta altura também tivéssemos construído já algumas unidades a nível de municípios", sublinhou.