Luanda - Luísa Damião afirmou que "os dias da impunidade pública, da corrupção e do nepotismo ficaram para trás", encorajando o Presidente angolano, João Lourenço, a continuar com "a moralização das instituições".


Fonte: DW

A vice-presidente do MPLA falava este sábado (13.11), em representação de João Lourenço, presidente do partido, na abertura do 1.º seminário sobre ética e os desafios da prevenção e combate à corrupção no contexto angolano, promovido pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido do poder há 46 anos.


"Vivemos singulares e novos tempos da história do nosso país que exigem continuo fortalecimento das instituições, mudanças de mentalidade e comportamento, participação e comprometimento de todos os setores da sociedade", salientou a dirigente partidária, apontando a importância das reformas que estão a ser implementadas para reforçar "a confiança das instituições, do Estado, dos cidadãos, dos investidores nacionais e internacionais".


Notou ainda que o seminário acontece "num momento especial de exaltação patriótica e reafirmação da identidade nacional", dois dias depois da comemoração dos 46 anos da Independência de Angola e a cerca de um mês da realização do VIII Congresso do MPLA, marcado para dezembro "um mês especial" em que se pretende "reafirmar a liderança do camarada presidente João Lourenço", o único candidato à sua sucessão.


"Combate seletivo e direcionado"


A luta contra a corrupção tem sido a principal bandeira política de João Lourenço, desde que chegou ao poder, em setembro de 2017, mas a oposição e algunssetores da sociedade civilacusam o Presidente de fazer um combate seletivo e direcionado, sobretudo para a família do seu antecessor, José Eduardo dos Santos, e seus colaboradores mais próximos.


Luísa Damião citou João Lourenço para reafirmar "a Angola das oportunidades restritas a alguns intocáveis que tudo podiam” pertence à história e garantiu que a "mudança de atitudes e comportamento em relação a coisa pública é irreversível".


Salientou ainda que os recursos públicos são sagrados e "são para servir o povo", pois deles depende o investimento na educação, na saúde, no emprego e na promoção do crescimento, e que o mecanismo mais efetivo de prevenção e combate à corrupção é o desenvolvimento da ética dentro das instituições.


Por isso, continuou, os cidadãos são chamados a "mobilizar-se em torno da moralização da sociedade", do exercício das boas praticas, da transparência e eficiente gestão da coisa publica, bem como o aprofundamento do estado de direito democrático


"Encorajamos a firme determinação do presidente João Lourenço a continuar os esforços da moralização das instituições e que cada angolano participe na luta pela prevenção e combate à corrupção".