Luanda - I - ANÁLISE DA VOCAÇÃO DOS QUADROS : Costumo dizer que há pessoas que têm vocação para o exercício de actividades políticas e outras, para a gestão. Apenas um número reduzido de pessoas é capazes de exercer as duas actividades ao mesmo tempo.

Fonte: Club-k.net

Analisando a administração de Joana Lina, no Huambo e em Luanda a avaliação é negativa. A razão ê tão simples. Embora ela seja economista de formação, não tem vocação para a gestão. Ela é uma mulher essencialmente política.

 

II - JOANA TOMÁS x JOANA LINA

 

Se houvesse abertura para eleições na OMA e se a Joana Lina concorresse com a Joana Tomás, a primeira venceria, não só pela sua experiência política, mas também pelo seu dinamismo. Neste período pré-eleitoral, a antiga Vice-Presidente da Assembleia Nacional seria muito mais útil para o MPLA. A OMA precisa de uma líder enérgica.

 

O afastamento dos eduardistas poderá ter consequências negativas para o partido. Um bom político save que importante não é apenas vencer as eleições. É também ter uma vitória com bons resultados eleitorais, em termos de acento parlamentar.

 

Quanto à Joana Tomás, acho que perdemos uma boa jornalista em matérias culturais e ganhámos uma política sem brilho no seu do seu partido, particularmente no seio da organização feminina. Por outro lado, digo que a primeira secretária da OMA, pelo seu percurso político, não está em condições de bater o pé perante a Luísa Damião, Vice-Presidente dos camaradas. Às vezes, isso é necessário.

 

Espero que o MPLA, o maior partido de Angola e um das maiores associações políticas da África Austral, se democratize, de facto, dando, assim, a possibilidade de haver disputa de ideias (vencendo a melhor) e a possibilidade de alguns militantes materializarem ou terem a expectativa de atingir a liderança, por mérito próprio, isto é, com base nas suas ideia e convicções e contado apenas com o apoio dos correligionários que se identifiquem com os seus pensamentos.

 

Infelizmente, o MPLA é intolerante para com os membros que tenham ideias diferentes a dos líderes. Não havendo democracia, no verdadeiro sentido da palavras, os jovens membros do MPLA dificilmente podem sonhar em ser “general”. Um general digno de consideração atinge essa categoria por mérito.

 

Este texto é uma análise de um Comissário Político, formado na extinta Escola Comandante Gika, batalhão de estudo, na especialidade de artilharia terrestre. Aproveito à oportunidade para perguntar se ocupantes do terreno da minha escola já indemnizaram as Forças Armadas. Ou a aquisição foi a custo zero?
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joseca_makiesse