Luanda - (Elenquei dois assuntos, que passo a apresentar aos meus leitores amigos e adversários.)

Fonte: Club-k.net

João Lourenço, presidente do MPLA e da republica, uma vez mais procura dar o seu showzinho de sempre quando se prepara uma vez mais para receber com a habitual pompa e circunstância o seu frequente cliente e conviva, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da república portuguesa, pessoa que a todo custo tenta branquear a imagem desgastada do seu anfitrião, porém, sem nenhum sucesso.

 

Não é nenhuma tarefa nobre, o presidente de um país estrangeiro com hábitos e costumes estranhos em todas as áreas da vida política e cultural dos angolanos. De facto é muito estranho que o presidente de Portugal se dê ao trabalho de xeretar e tentar diluir a verdade eleitoral de um país que nada deve ao seu país.

 

A verdade é que Marcelo Rebelo de Sousa querendo ou não, está a tentar inverter o desgaste da imagem sofrível do seu anfitrião João Lourenço numa altura em que a pré-campanha segue a uma velocidade cruzeiro, ou seja, segue a todo gás.

 

Os angolanos sabem bem, que o presidente da república portuguesa nutre grande simpatia pelo MPLA e seus presidentes. Porém, isso não o habilita a envolver-se nos assuntos internos da vida político-eleitoral de Angola. Mesmo quando se sabe, que uma parte da militância do MPLA apesar de ínfima, apelidou e adotou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa de tio Celito, isso não lhe permite obstaculizar o normal andamento do período pré-eleitoral.

 

Todos em Angola sabem que Marcelo rebelo de Sousa, nutre em Angola grandes simpatias pelo MPLA e seus presidenciáveis, por outro lado, sabe-se igualmente, que ele é mestre em movimentar-se pelos salões do substrato territorial das tiranias autoritárias e ditatoriais do planeta africano como o fez seu pai falecido pai Baltazar Rebelo de Sousa no seu passado.

 

O filho do médico já falecido Baltazar Rebelo de Sousa, antigo secretario da migração do ditador Antônio Oliveira Salazar, e mais tarde na última fase da ditadura do estado novo português, Baltazar Rebelo de Sousa, pai do tio Celito, exerceu vários cargos ministeriais como os de ministro do ultramar e da saúde, além de ter sido governados da província de Moçambique enquanto província ultramarina.

Apesar dos ditadores portugueses deixarem saudades extremas ao actual presidente do país luso, isso não o iliba de receber negativas pelo seu endivido envolvimento nos assuntos internos dos angolanos.

Hoje é raro não ouvir críticas ditas feitas a cheia por uma imensidão de angolanos, os quais lamentam o comportamento do tio Celito, por depositar todas as cartas num só partido e no seu presidente, mesmo conhecendo o mal-estar, que a sua pessoa cria aos angolanos por apoiar explicitamente João Lourenço e o MPLA no poder e 46 anos ininterruptos.

Acredita-se que a ditadura deposta com a revolução dos cravos, esplendidamente protagonizada pela acção revolucionária dos capitães em 25 de Abril de 1974, tenham deixado ressentimentos saudosistas dos tempos áureos do colonial ao tio Celito. Porém Angola não é parte do Portugal continental do passado.

Durante os mais de quatro anos da vigência do mandato do presidente João Lourenço, em momento algum, o doutor professor Marcelo rebelo de Sousa, demonstrou qualquer disponibilidade nem sequer tentou promover um encontro com as oposições angolanas! Nunca a diplomacia portuguesa nem a presidência da república portuguesa interagiram com as oposições para conhecer a outra face da moeda, menos ainda com a liderança do maior partido da oposição UNITA presidida pelo engenheiro Adalberto Costa Neto.

Afinal, todo mundo tem consciência, que o tio Celito, é militante supra internacional do MPLA. Ademais, não é ajuizável que o presidente português pense que o seu apoio a um dos interessados a permanecer indefinidamente no poder, é referência esclarecedora que clarifica existir democracia em Angola

Será que em Portugal as minorias não têm vez? E em Angola, os demais actores políticos nacionais não merecem nenhuma atenção da parte do ilustre visitante português?

É importante que em definitivo, o presidente português saiba, que em Angola não existem mais chefes de posto, regedores, sipaios, menos ainda capitas ou quaisquer outros serviçais de ex-governadores da antiga metrópole.

Assim sendo, os angolanos esperam do senhor tio Celito, tenha desta vez a leveza, inteligência e espirito democrático na sua provável visita a Angola, e não tente esticar demais a corda, para uma vez mais tentar enganar o já desconfiadíssimo povo nobre angolano.

A MENTIRA NÃO PREVALECE

Segundo afirmam algumas fontes fiáveis, o presidente do MPLA João Lourenço, vai baixar hostilidades exercidas contra o candidato a cadeira maior da UNITA Adalberto Costa Júnior. Segundo dizem os linguarudos, o motivo desse pretenso ensaiado movimento, além de ser um instrumento insustentável e fútil, também está preenchido de inverdades e de propósitos eivados de excelsas nulidades desqualificáveis a todos os noveis.

Com todo cuidado, espera-se que desta vez o candidato a presidente da UNITA, tenha a sabedoria necessária e não caia novamente na tocaia urdida pelo chefe do executivo do MPLA. Pois existem experiências fartas que nos remetem a um passado exageradamente fresco, em que o chefe do MPLA ordenou ao seu ministro das comunicações que se reunisse com dirigentes da UNITA, com a finalidade de cessar as hostilidades contra ACJ, o resultados todos conhecem.

Além de ter sido uma ardilosa maquinação por sinal muito mal elaborada, pois, essa estratégia não foi construída com mestria, porém, alguns membros da direção da UNITA aceitaram o repto do presidente da república, e deram publicidade ao feito, aceitaram de alma leve o repto e fizeram-se presentes ao encontro no ministério da comunicação com uma delegação de alto nível.

A reunião marcada de urgência por ordens de sua excelência o senhor ordens superiores, pareciam de facto estar conectada com a necessária vontade de pacificar o país desavindo. Debalde, foi tudo uma miragem como já muitos esperavam.

A verdade é que a UNITA, além de sofrer um revés em relação ao sonhado fim das hostilidades, também sofreu de acréscimo um virulento impeachment programado e executado pelas secretas com a mão manipuladora do próprio presidente João Lourenço. Essa lawfere, utilização do judiciário para perseguir adversários políticos posto em pratica pelas secretas vulgo polícia política, ao serviço do partido/estado, visou unicamente neutralizar ACJr, na qualidade de presidente da UNITA e também como presidente da Frente Patriótica Unida e, por conseguinte, impedir ACJ de concorrer as presidências de 2022.
Nesse quesito o presidente da república sofreu um violento revés., a UNITA se refez rapidamente, e está em vias de reeleger ACJ presidente do partido.

Porém, caso ACJr e sua entourage, não se resguardem e entendam também, que o regime não desistiu de usar todos recursos ao seu alcance para a todo custo tentar domesticar o partido do galo negro. Tanto ACJr e a UNITA serão trucidados se voltarem a cair de novo noutra armadilha da engendrada pelo caduco MPLA. Nessa altura, a coação e a violência sobre a UNITA será tremendamente demolidora em época eleitoral, nessa altura, talvez seja tarde a recuperação da UNITA, e a confiança da maioria dos seus potenciais apoiadores extra/UNITA, possam eventualmente diluir-se.