Luanda - Os actos políticos de massas e não só, geralmente, têm sido abrilhantandos com momentos culturais. Tomemos como exemplo, a campanha do Presidente, Joe Biden, do partido Democrata, nos Estados Unidos da América, que foi apoiada por várias celebridades da música norte-americana.

Fonte: Club-k.net

A Diva Beyoncê foi uma das cantoras que esteve sempre presente nas actividades políticas dos democratas. À semelhança de Boyoncê, a popstar Lady Gaga também chegou a cantar em vários eventos desta organização política.


Ainda no percurso da campanha eleitoral para as presidenciais americanas, vários músicos e celebridades chegaram a manifestar apoio ao Joe Biden.


Quando se confirmou a vitória de Biden, cantoras como Jeniffer Lopez, Lady Gaga, Boyncê, Cardi B, Rihanna e tantas outras manifestaram publicamente o seu agrado numa mensagem que se resume no seguinte: em 2020, América salvou-se de um mentiroso, intolerante, perverso e populista da extrema direita”. Nestes termos, referiam -se ao Presidente Trump. Do lado oposto, não se viu qualquer gogó (epíteto comunista “tolo”) chamar bajus ou proferirem de quaisquer ameaças contra essas cantoras.

Na Conferência Provincial de balanço e renovação de mandatos do MPLA, em Luanda, o músico Matias Damásio animou os militantes, simpatizantes e amigos do partido no poder, com as suas sonantes músicas. Enquanto isso, Yola Semedo estava entre os delegados à conferência que elegeu Bento Bento como primeiro Secretário do Partido em Luanda.


Este facto foi a única razão da nata de servos de ACJ descarregarem tanta intolerância, com as ofensas mais baixas, que só cabem na mente de um insolente. Aliás, não é segredo dos deuses que Damásio e Yola Semedo são militantes assumidos do MPLA, um direito que assiste qualquer cidadão de escolher o seu partido, sem quaisquer constrangimentos.

Em contraponto, no acto de apresentação da candidatura de Adalberto Costa Júnior à liderança da Unita, a estrela foi o veterano e reformado Eduardo Paim que abrilhantou o palco com o seu “Cuidado com este mwadiê” e tantos outros sucessos dos anos 80. Estranho, os mesmos vira-latas que antes apedrejaram Damásio e Yola Semedo, por participarem das actividades políticas do MPLA, são os mesmos que agora deliram de alegria com actuação de Eduardo Paim, a quem apelidam de patriota, o antônimo de anti-patriotas, qualidade que os mesmos atribuíram à dupla Damásio e Semedo.


É este o comportamento de cidadãos com mente de formigas que, entretanto, também se consideram democrata. A lógica é quem está com o pretendente ao poder, nem que as intenções sejam as mais maléficas, é patriota. Quem não está com ele é antipatriota, assassino do povo que merece ser apedrejado na praça pública. Quando a população da zona rural cobram os seus mortos a algozes, normalmente da UNITA, os líderes deste partido condenam a intolerância e acusam o Governo de patrocinador desses actos. Oh! raça de víboras!


Os anormais passam o tempo a render rasgados elogios ao músico Eduardo Paim, que apenas esteve a cumprir o seu ofício enquanto artista. Eduardo Paim não proferiu nenhuma palavra de apoio, não declarou adesão ao projecto do líder dos intolerantes. Foi encaixar mais alguns kwanzas no seu bolso. Afinal, é profissional.


Está claro que mundo destes jovens activistas está ser governado pela loucura. Não é normal, alguém de sã consciência ver qualidades na mesma coisa em que, antes, só contemplou defeitos. A sabedoria, que só o tempo traz, vai estilhaçando as maracutaias dos loucos pelo poder.